Cuidado para não darmos ouvidos àquilo que não nos edifica
Diácono Nelsinho Corrêa, na manhã desta quarta-feira, dia 22 de junho de 2016, no programa ‘Sorrindo pra Vida’, medita sobre o poder das palavras. Temos dado ouvidos às fofocas e calúnias? O que nós também temos falado das pessoas?
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A Palavra meditada está em Eclesiastes 7,21-22:
“Não dês atenção a todas as palavras que se dizem, para que não venhas a ouvir teu servo falando mal de ti; pois tua consciência sabe, que tu também falaste mal dos outros muitas vezes.”
Foto: Arquivo/cancaonova.com
“Quem falou? Qual é a fonte?”
Um jornalista, quando tem um “furo” de reportagem, tem uma fonte segura. A qual “fonte” você tem dado ouvidos? As pessoas vivem à mercê de boas ou más notícias.
Como temos “profissionais” que trabalham para o mal, que ajudam a semear a desordem e lançam palavras no ar! Quantos são especialistas em pegar essas palavras e fazer fofocas!
Três palavras que devemos banir da nossa vida: contaram, falaram e disseram. Damos ouvidos a determinados tipos de fofocas e ficamos pensando “O que falaram? Por que falaram?”. Essa é a ordem para nós: não entremos no meio de fofocas!
Façamos opção pelo silêncio. Há pessoas que são especialistas em falar e deixam a “semente do mal-estar”. E há aqueles que destorcem as palavras que falamos. Se ficarmos prestando atenção nas palavras das pessoas, elas vão “torcer” as palavras.
O Papa nos diz para não julgarmos. Muitas vezes, falamos as coisas por dedução. E por dedução podemos errar muito, pois só Deus vê o coração. Vamos julgando, criticando e nos transformando especialistas em críticas.
Quando damos ouvidos a essas coisas, tudo se torna um processo: escutamos, ficamos irritados e falamos, muitas vezes, em forma de julgamento. Não há ninguém que não tenha falado mal do outro, porém é possível evitarmos a confusão.
Há tantas coisas por traz do que as pessoas vivem, por isso não as julguemos. Se um casal levar “a ferro e brasa” tudo o que um fala ao outro, eles vão discutir todos os dias.
Levemos a vida com leveza! Com o tempo, selecionamos as coisas que acontecem e acabamos até rindo dos problemas.
Às vezes, a palavra que escutamos é tão ruim que deveremos renunciá-las. A palavra contaminada entra em nós com uma ordem: “Fique triste. Fique com raiva. Brigue, discuta, tire satisfações”. Renunciemos a essa ordem que contamina o coração.
Sempre que pudermos, renovemos as nossas promessas de batismo, pois ela nos ajuda a nos livrarmos do mal. Que Deus tire de nossos ouvidos as palavras duras que ouvimos! Peçamos a Deus que nos inspire, perguntemos se aquilo que escutamos ou falamos é d’Ele e vem d’Ele.
Diácono Nelsinho Corrêa
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Ariele Silva
