SORRINDO PRA VIDA - 19/07/2016

A misericórdia está em sair de si e ir ao encontro do outro

Um coração que age pela misericórdia é capaz de sair de si para doar-se ao outro

Padre Evandro Lima, nesta terça-feira, dia 19 de julho de 2016, no programa ‘Sorrindo pra Vida’, convida-nos a olharmos para as nossas atitudes de misericórdia. Estamos agindo com fé? A fé sem obras é morta.


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A Palavra meditada está em São Tiago 2,14-17:
“Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé, quando não tem as obras? A fé seria capaz de salvá-lo? Imaginai que um irmão ou uma irmã não têm o que vestir e que lhes falta a comida de cada dia; se então algum de vós disser a eles: ‘Ide em paz, aquecei-vos’ e ‘Comei à vontade’, sem lhes dar o necessário para o corpo, que adianta isso? Assim também a fé: se não se traduz em ações, por si só está morta.”

A misericórdia está em sair de si e ir ao encontro do outro

Foto: Arquivo/cancaonova.com

Papa Francisco nos diz que, por meio das boas obras que realizamos com amor e alegria aos outros, a nossa fé germina e dá frutos. Mas como vamos dar boas obras se não temos a experiência do amor em nós?

Para experimentarmos esse amor, paremos por um instante em nosso dia e questionemo-nos: O que eu sou? O que tenho sido? Se não sabemos quem somos nem para o que fomos criados, não experimentamos o amor de Deus.

Não é possível uma pessoa fazer boas obras se ela não sabe quem é. Fale ao seu coração: Eu sou um filho de Deus, um filho amado do Senhor. Quando descobrimos quem somos, deixamos que o Senhor nos transforme no que Ele quer.

Como ouvir Deus?

Pela oração nos tornamos amigos de Deus! Silenciemos o coração para escutá-Lo, pois assim faremos a experiência de realizar a vontade d’Ele por meio da oração.

Santa Faustina, fez uma experiência mística com Jesus Misericordioso e essa experiência a fez perceber que o amor de Deus é a flor e a misericórdia são os frutos que brotam do amor. Quando nos permitimos fazer essa experiência, experimentamos os frutos do Espírito Santo em nossa vida. Não podemos fazer uma experiência de amor e permanecermos da mesma forma.

Quais são os frutos que devem brotar em nós?

Neste ano, quando o Papa inaugura um tempo novo, o Tempo de Misericórdia, somos convidados a viver uma fé com obras. O amor e a fé precisam gerar obras em nós.

Os filhos de Deus não vivem para a morte. Será que Ele quer apenas a intimidade pela Santa Missa, pelo Terço e as novenas? Sim, mas Ele quer mais! Ele nos pede uma fé em ação, ou seja, darmos Deus através de nós.

Na parábola do Bom Samaritano, ele para tudo o que está fazendo, para ajudar aquele que necessitava. Quantos necessitados conhecemos e temos a oportunidade de agir com misericórdia na vida desses irmãos!

O samaritano tinha uma atividade para fazer, pois ele estava de passagem por aquele lugar, porém parou tudo para ajudar aquele homem que havia sido saqueado por ladrões. O Bom Samaritano não olhou para si, mas para seu próximo.

Será que não está na hora de deixarmos nossas dores e irmos ao encontro dos que precisam? A fé sem obras é morta, mas somos pessoas de fé, porque somos filhos de Deus.

O Papa nos convida, neste tempo, a irmos ao encontro dos necessitados e nos aponta as obras de misericórdia. Vamos nos atentar a duas obras de misericórdia corporal: dar de comer a quem tem fome e dar de beber a quem tem sede.

Como seria bom se chegássemos ao céu e o Senhor nos reconhecesse, porque demos um copo de água para aquele que estava com sede. Não precisamos de grandes expressões de amor, pois nos pequenos gestos o amor acontece.

Esqueçamos um pouco de nós e cedamos espaço, em nossa vida, a tantas pessoas que sofrem, que precisam de conselhos e oração. Que sejamos capazes de nos dar ao outro!

Deus, que é Pai e misericórdia, quer derramar em nós gotas de esperança.  Quantos estão vivendo nas ruas e, nesta época de frio, não têm um cobertor ou um agasalho! Talvez, o que esteja sobrando em nosso guarda-roupa, sejam gotas de amor para quem não tem nada.

As obras de misericórdias devem ser realizadas com alegria, a qual deve germinar em nosso coração. Vamos doar? Sim, mas com alegria. É a alegria no coração que vai identificar o povo de Deus.

Padre Evandro Lima
Missionário da Comunidade Canção Nova

Transcrição e adaptação: Ariele Silva

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