No dia 19 de março a Igreja celebra o dia do glorioso São José, pai adotivo de Jesus. Proclamado, pelo Papa Pio IX, Patrono Universal da Igreja, São José é modelo de obediência à vontade de Deus. O devoto de Maria deve sê-lo também de São José. Temos um pai e uma mãe que intercedem por nós junto a Jesus Cristo.
O Clube da Evangelização conversou com Ricardo Sá, membro consagrado da Comunidade Canção Nova, sobre sua grande devoção a esse santo, manifestada em suas mensagens, livros, músicas e pregações ao longo dos mais de 25 anos de vida consagrada.
Em seu testemunho, o missionário nos falou sobre a importância da devoção a São José e como iniciou sua história com este grande santo da Igreja Católica. Confira a entrevista com Ricardo Sá:
Clube – Quem foi São José?
Ricardo Sá: São José foi o homem escolhido por Deus para ser o pai adotivo de Nosso Senhor. Ele foi o homem que Deus escolheu em razão das virtudes de sua vida para acolher e constituir a Sagrada Família. O pai da Sagrada Família é o único pecador na face da Terra que recebeu da Igreja o título de “santíssimo”. Embora ele seja um homem assim como você e eu, pecador, ele recebeu o título de “Patrono da Igreja” e de “santíssimo” devido à grandeza de sua missão.
Clube – E como começou sua devoção a São José?
Ricardo Sá: Minha devoção a São José começou e tem ligação com minha vinda à Canção Nova. Cheguei aqui no dia 19 de março de 1984, mas só fui descobrir que esse era o Dia de São José mais ou menos dez anos depois. Essa devoção ganhou sentido dentro de mim especialmente quando eu fui, entre 1996/97, em missão à Bahia, nossa primeira casa de missão em São Gonçalo dos Campos. Ali, pela graça de Deus, vivemos situações muito difíceis, chovia pouco e o povo rezava pedindo chuva pela intercessão de São José. E para nós, nordestinos, se não chover até o dia 19 de março é difícil chover depois, é uma fé envolta também nessa tradição. E me recordo de que entrei nessa experiência, junto com meu povo nordestino, de rezar para pedir chuva até aquele dia. E no Dia de São José, choveu, e choveu muito. Saí e fui tomar chuva na rua, dando graças a Deus e a São José. Mas, acima de tudo, minha experiência com São José é em razão de sua obediência, ele obedeceu até o fim. E acredito até que, muito da obediência de Nosso Senhor Jesus, Ele tenha aprendido com Seu pai, São José.
Clube – São José também foi preparado por Deus para ser esposo de Maria e pai de Jesus?
Ricardo Sá: Ele foi o homem preparado por Deus por possuir as características capazes de oferecer a sua vida devido ao plano de salvação. Podemos compreender que, assim como a Virgem Maria, São José fazia parte desse plano de salvação.
Clube – “São José não falha, mas demora”, explique-nos essa expressão?
Ricardo Sá: Confesso que é a primeira vez que a escuto. “São José não falha, mas demora”, não creio que seja assim. Devido à experiência que tenho com Deus, com São José e com a Divina Providência não acredito que haja demora. Mas por que Deus demora!? Deus sempre tem um propósito. As “demoras” de Deus são um benefício para nossa vida e eu acredito plenamente que, quando o Senhor demora a me dar uma graça, considerada importante por mim, é porque no coração d’Ele existem outras mais importantes, as quais eu ainda não conheço. É preciso, então, afinar um pouquinho essa percepção e me dedicar, com a graça de Deus, àquilo que, de fato, eu preciso receber. Então eu não creio, de forma nenhuma, que São José demore; eu creio que ele tenha vivido a pedagogia divina. Deus imprimiu nele uma pedagogia de fé e esperança muito exigente, porque ele renunciou à própria história e à própria vida. Com certeza, as pessoas dizem isso com muita boa vontade, não por nenhum desmérito a São José, porque a experiência desse santo foi a de caminhar a partir da iluminação divina e não podemos enfeitar essas coisas não. Essa pedagogia da espera não é negativa e, sim, positiva, porque ela é sempre benéfica se compreendermos o tempo de Deus.
Clube – É importante consagrar as famílias a São José?
Ricardo Sá: Uma consagração vem constituída de uma força muito grande. A minha vocação, a compreensão que tenho de Deus hoje, é fruto da minha consagração a Virgem Maria, feita por minha mãe. Em função disso, meus irmãos e eu usamos branco e azul até os sete anos de idade. E olha que fiquei muito bravo com essa história (brinca Ricardo)! Não entendia, pois via meu irmão passando dos sete anos e usando outras cores e eu ainda não. Sempre brinquei com minha mãe (que já está no céu), quando ela sofria, de alguma forma, com minha ausência pelo fato de eu estar na Canção Nova desde 1984. Eu dizia a ela sempre que a “culpada” era ela por ter me consagrado a Deus. Então eu lhe peço: consagre sua família a Virgem Maria e a São José. “Jesus, Maria e José, minha família vossa é!” A consagração é como um contrato que fazemos com Deus e Ele não brinca conosco.
Clube – Ricardo, e para quem não conhece São José e não sabe como fazer uma consagração, qual o primeiro passo?
Ricardo Sá: Com muito prazer respondo! E ainda bem que a dica não é minha, a dica é de Santa Teresa d’Ávila. E ela faz um convite como devota de São José, em um de seus escritos está: “Se por acaso você ainda tem dúvidas sobre o poder de São José, experimente, peça a ele, você vai ver, ele não falha!”. É preciso fazer essa experiência. Quer compreender o poder de São José, chame por ele!
Clube – Você, como devoto de São José, qual mensagem deixaria para os nossos sócios evangelizadores?
Ricardo Sá: Eu peço que Deus nos conceda, pelas mãos de São José, a graça de compreendermos que esse santo continua o mesmo lá no céu e com merecimentos ainda maiores. Os méritos de São José aqui na Terra foram tão grandes, no céu eles são maiores ainda. Lá a Sagrada Família está reunida!
Clube da Evangelização
Sua fé transformando vidas!
Pedimos a intercessão de São José, esposo da Virgem Maria, pelo Projeto “Dai-me Almas” de março. Rezemos: “Meu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações não vos valeu o anjo do Senhor? Valei-me, São José!”
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