SORRINDO PRA VIDA - 07/06/2016

Deus quer que sejamos ternura e misericórdia

O Senhor quer que tratemos nossos irmãos da mesma forma que Ele nos trata, com ternura e misericórdia

Padre Roger Araújo, nesta terça-feira, dia 7 de junho de 2016, no programa ‘Sorrindo pra Vida’, convida-nos a cuidarmos de nossos irmãos da mesma forma com que o Pai nos trata, com ternura e misericórdia.


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A Palavra meditada está em São Lucas 10,29-37:
Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?” Jesus retomou: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o quase morto. Por acaso, um sacerdote estava passando por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e moveu-se de compaixão. Aproximou-se dele e tratou-lhe as feridas, derramando nelas óleo e vinho. Depois colocou-o em seu próprio animal e o levou a uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, pegou dois denários e entregou-os ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando eu voltar, pagarei o que tiveres gasto a mais’. Na tua opinião – perguntou Jesus –, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze tu a mesma coisa”.

 Deus quer que sejamos ternura e misericórdia

Deus cuida de nós com misericórdia e ternura. E nós, como temos cuidado do outro? Aquilo que Ele nos dá, devemos dar ao outro. Nessa parábola do bom samaritano, o que ele fez? Fez aquilo que os outros não fizeram.

O samaritano fez aquilo que nós deveríamos fazer todos os dias, mas que, devido às diversas tarefas, não fazemos, ou seja, não vamos ao encontro de nossos irmãos. Para conquistarmos o Reino dos céus, precisamos amar a Deus sobre todas as coisas e o nosso próximo como a nós mesmos.

Entendemos como “próximos” aqueles que estão perto de nós: nossos pais, filhos, esposo, mas, além desses, o “próximo” também é aquele que está longe de nós. Para ter um coração misericordioso, semelhante ao coração de Jesus, amemos o nosso próximo.

As parábolas nos dão um leque de visões e opções daquilo que Deus quer de nós diante do mundo. Ela serviu para aqueles homens e mulheres da época de Cristo, serve para nós nos tempos atuais e servirá para as demais gerações, pois a Palavra d’Ele se atualiza.

Desçamos a ‘Jericó’, lugar onde querem nos saquear. E quando falamos sobre ser bandidos, não nos referimos apenas aos bens materiais, mas também àqueles que querem nos tirar a fé, a alegria e o amor.

O que Deus nós dá?

O Senhor nos presenteia com a alegria de viver, com o gosto pela vida, a fé, esperança e dignidade. E quando menos esperamos, deixamos a fé e a esperança nos serem roubadas. Recebemos tudo de Deus e o mundo quer nos roubar tudo o que o Pai nos dá.

Quem eu sou: o sacerdote, o levita e o samaritano?

Por esses caminhos, quantos encontramos que foram saqueados pelo mundo! Quando seguimos a Deus, Ele nos dá o entusiasmo para prosseguirmos.

Quantos de nós somos como aquele sacerdote que passou pelo homem e não o atendeu! Ou até mesmo o levita, conhecedor das leis de Deus, que nem se atentou àquele homem! Quantas vezes fingimos que não enxergamos nossos irmãos!

Nós chamamos o samaritano de ‘bom’, pois o colocamos assim por causa de sua atitude. Compaixão é sofrer junto, estar junto, sentir o que o outro sente. Quem tem um coração cheio de misericórdia coloca-se no lugar do outro. O samaritano agiu com misericórdia com aquele homem, pois se aproximou dele e tratou-lhe as feridas.

O samaritano tratou aquele homem com azeite e vinho, o que, naquela época, não era barato. Quais são os bálsamos de azeite e vinho que usaremos para tratar as feridas de nossos irmãos? Independente do que usarmos, tenhamos sempre ternura em nossos gestos.

O primeiro remédio de Deus é a ternura. Ele pega a ovelha ferida e machucada para tratar suas feridas. Antes de sermos justos, sejamos primeiramente misericordiosos.

Quando cuidamos de alguém, não é do jeito que queremos, mas conforme os cuidados que aquela pessoa necessita. Misericórdia exige desdobramento, sair de nós para irmos ao encontro do outro.

A carne do pobre é a mesma Carne de Cristo. O sangue do pobre é o mesmo Sangue de Cristo. Tratemos o outro com ternura e misericórdia.

Padre Roger Araújo
Missionário e sacerdote da Comunidade Canção Nova

Transcrição e adaptação: Ariele Silva

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