Em virtude de problemas técnicos, hoje excepcionalmente, não disponibilizaremos o áudio do Sorrindo pra Vida.
A Palavra meditada hoje está em Gênesis 22,1-18:
“Quando entregamos a Deus o que temos de mais precioso, Ele não destrói o que ofertamos, mas nos devolve multiplicado”, afirma Márcio.
Adorar a Deus requer sacrifícios e obediência. Adorar é entregar-se totalmente nas mãos do Senhor e permitir que Ele conduza nossos passos. A idolatria exige sacrifício humano, oposto da adoração a Deus.
Abraão amava Deus, e por amá-Lo seria capaz de sacrificar seu filho amado. Imaginemos o coração desse homem ao ouvir as palavras de Isaac, quando este lhe pergunta sobre o que seria sacrificado. O Senhor, porém, sabia o que se passava no coração de Abraão, e vendo a entrega total de Seu coração, o cumulou de muitos bens.
O Senhor não quer um sacrifício que torture nosso coração. O jejum é sacrifício para Deus; porém, de nada vale se ficamos mal-humorados ou passando mal. Não há sentido em ofertar isso ao Senhor. O verdadeiro sentido de jejuar é abster-se das refeições e ofertar ao Pai que aquele alimento possa alimentar outra pessoa.
O grande sacrifício de Abraão não era dar o seu filho ao Senhor, mas sim sua obediência extrema em doar seu bem maior. Quando entregamos a Deus o que temos de mais precioso, Ele não destrói o que ofertamos, mas nos devolve multiplicado.
Os sonhos daquele homem acabariam a partir do momento em que fosse tirada a vida de seu filho. E isso pode gerar uma pergunta em nós: “O que eu sou capaz de sacrificar por amor a Deus?”. É cômodo quando servimos ao Altíssimo e Ele não nos pede nada. Mas quando Deus nos pede algo que para nós é importante, pensamos várias vezes antes de nos sacrificar e dar a Ele esse bem.
Abraão não pensou, apenas obedeceu. O sacrifício de Abraão tornou a humanidade capaz de receber o Filho de Deus. Aprendamos a entregar tudo ao Senhor, aprendamos a nos entregar nas mãos d’Ele e permitir que Ele nos guie.
Deixemos todas as nossas preciosas esperanças e morramos para nosso egoísmo por causa de Deus, pois o egoísmo nos leva a uma morte cercada de solidão. Quando o Senhor nos chama, morremos para nós, pois ganhamos vida em abundância.
No momento em que abrirmos mão de um projeto particular para entrar nos projetos de Deus, Ele fecunda nossa vida. Tomemos a decisão de deixar o Senhor guiar nossos projetos. Como Abraão, precisamos ofertar o nosso Isaac para Deus. Façamos a experiência de nos encontrarmos com Jesus a partir do nosso abandono em Suas mãos.
Temos coragem de depositar nas mãos de Deus o nosso futuro? Para que nossa vida seja gloriosa, precisamos subir o Calvário com Jesus. Em Deus as importantes vitórias nascem a partir do momento em que abraçamos a cruz.
Na Santa Missa, fazemos a entrega da nossa vida e do nosso coração. Nada do que colocamos nas mãos de Deus, Ele nos toma, mas transforma em vida. O momento mais difícil para nós será o momento de maior graça para nossa vida. Quando a entrega é verdadeira, Ele pessoalmente se entrega a nós. Quem confia em Deus não pisa em falso. Não tenhamos medo de nos entregar ao Senhor.
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Ariele Silva
