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A Palavra meditada, hoje, está no: Evangelho de São João 8, 1-11.
Meus irmãos, esta Palavra é muito importante para nós, porque, nela, vemos como o Senhor age nessa passagem. Percorra, junto comigo, o itinerário dessa mulher. Vamos trilhar, juntos, esse caminho, porque ele não é muito diferente do nosso. Essa mulher foi pega em adultério.
Ela não viveu o que a Palavra de Deus nos ensina. Nós não devemos enfrentar o pecado, dando golpes nele. Toda vez que tentamos fazer isso, somos nocauteados. O que a palavra nos orienta é: quando o pecado vem pela direita, você sai pela esquerda; se ele vem pela esquerda, você sai pela direita.
A sabedoria está exatamente em fugir das ocasiões de pecado. Você não pode achar que, por si mesmo, vai vencer o pecado. Se você sabe que é fraco para estar diante de uma televisão, nas madrugadas, a um clique do controle remoto, vá dormir. Se você sabe que, passando por um lugar, este o induz ao erro, mude de rua. Não passe mais por ali, fuja das ocasiões de pecado.
Por que estou lhe falando isso? Porque aquela mulher não conseguiu fugir das tentações. Ela foi pega em flagrante, e todos aqueles que estavam apoiados na lei, afirmavam que ela deveria ser apedrejada. Mas onde estava o homem que se relacionou com ela? Não estava ali; somente a mulher.
Nesta Palavra, notamos que Jesus também mexe na terra. O mais importante não é o que Ele está fazendo, mas o fato de estar inclinado diante da pecadora. Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra. O Deus que se inclina, que se curva, esvazia-se e assume a nossa fraqueza. Ali, inclinando-se, Ele está assumindo a fraqueza daquela mulher que não conseguiu fugir da situação de pecado. Ele a defende, em primeiro lugar, inclinando-se. Ele não a acusa, mas lhe dá a chance de recomeçar.
A partir dos mais velhos, todos foram saindo, envergonhados. Então, Jesus fica sozinho com ela. A mulher exposta não diz uma única palavra, não se justifica diante de seu erro; ao contrário, ela reconhece seu pecado. Não podemos passar a responsabilidade do nosso pecado para os outros nem mesmo para Deus.
Talvez, hoje, haja muitas vozes acusando-o, e são tantas que você acaba assumindo que não tem mais jeito. A vida vai condenando-o, vai dizendo que você errou, que não merece uma segunda chance. Você vai assumindo essas palavras e dizendo para si mesmo: “Todos me condenam, eu não tenho jeito mesmo”.
Você se sente tão envergonhado que está se escondendo dentro de casa. Não procura o sacramento da reconciliação, mas o quarto para se isolar com medo da acusação. No entanto, quando Ele se inclina sobre você com misericórdia, ninguém o condena mais.
“Mulher, ninguém a condenou? Ninguém, Senhor. Eu também não a condeno. Vá e não peque mais”. Meu irmão, tome posse dessa ordem de Deus. O Cristianismo é a religião do recomeço. Recomece, meu irmão.
De agora em diante, você não precisa mais cair nessa situação de pecado. Você está tendo um encontro com a misericórdia divina. Procure um padre para se confessar. Recomece. Deus nos corrige, sim, mas o faz com amor. É uma palavra acertada, como uma espada que corta na entrada e na saída. A verdade dói, mas liberta. Hoje, permita que Deus faça, na sua vida, o mesmo resgate que ele fez com aquela mulher.
Alexandre Oliveira
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Cristiane Viana
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