Jesus se entregou na Cruz por nós, sacrificou-se para que fôssemos libertos de toda escravidão do mal
Padre Wagner Ferreira, nesta quarta-feira, dia 3 de agosto de 2016, no programa ‘Sorrindo pra Vida’, recorda-nos a Paixão de Cristo, Sua entrega por nós na cruz.
*Por motivos técnicos, não teremos o áudio do Sorrindo pra Vida de hoje.
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A Palavra meditada está em Ef 2,1-10:
“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados. Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;
Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou. Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.”
Foto: Arquivo/cancaonova.com
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.”
Quando Paulo nos diz que fomos salvos pela fé, devemos entender que esse dom nos foi concedido por meio de Seu filho Jesus Cristo, salvos por sua Páscoa, Morte e Ressurreição. Somos convidados a contemplar o mistério pascal de Cristo, pois Ele, movido pelo amor e para nossa salvação, entregou-se na Cruz.
“Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.”
Paulo diz que todos nós, sem exceção, somos os rebeldes, aquelas pessoas que viviam com o coração fechado ao amor, à graça, fechados principalmente à ação misericordiosa do Pai. Assim, encontramo-nos em uma vida sem Deus e sem comunhão com Ele, culminando na perdição total.
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, nos amou. Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo.”
O Pai nos libertou de toda escravidão ao pecado e manifestou Sua força, Sua misericórdia, para que pudéssemos viver uma vida nova em Cristo.
Muitos de nós, quando crianças ainda, mais alguns durante a fase adulta, somos levados à pia batismal por nossos pais e padrinhos. Apresentados diante de toda nossa comunidade, recebemos pela Igreja o dom do batismo, somos mergulhados no mistério pascal de Cristo e, de uma forma misteriosa, morremos com Cristo para ressuscitar com Ele para uma vida nova, uma vida de filhos amados por Deus.
Quando mergulhados no mistério pascal de Cristo, somos livres de toda a condenação do mal, pois Jesus, em sua imensa misericórdia, assume para si, na cruz, o mal que era destinado a nós. Jesus assume para si nossa perdição, e como um servo sofredor, calado, ele assume dores, enfermidades, tudo de mal que nos era destinado. Ele assume como uma ovelha que caminha em silêncio em direção ao matadouro. Ele se fez pecado, mesmo não cometendo pecado nenhum.
“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.”
Jesus se entregou por nós, para que fôssemos libertados, mas se olharmos para dentro de nós e para a atitude de Jesus, entendemos que Ele nos liberta da perdição de da rebeldia, de toda a escravidão, para que, livres, possamos praticar a verdade e o amor. Assim como hoje, a Igreja nos chama, nesse Ano da Misericórdia, a praticarmos obras de misericórdia, obras que alegram o coração do Pai. Só quando somos alcançados pela graça e pelo amor de Deus, quando abrimos nossos corações e deixamos que Ele habite em nós, é que conseguimos caminhar para as boas obras, “as quais Deus preparou para que andássemos nelas”.
Padre Wagner Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Lucas Mendes
