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Eu quero convidar você para abrir a Palavra de Deus em:
Êxodo 3,1-12.
Como um desastre muda a vida de um homem! Da mesma forma, num momento de fúria e numa reação impensada, toda a vida de Moisés se desmorona, ele tinha medo de ser ele, estava aprisionado e não podia revelar a sua identidade.
Quando não canalizamos o que somos para o bem, haverá um dia em que acabaremos “estourando” e aí ninguém vai entender o que está acontecendo. É como uma represa que se rompe: quando ela é bem canalizada é uma bênção, mas mal canalizada é um desastre.
Isso acontece com toda a pessoa que não consegue colocar para fora o que ela tem de melhor, então guarda dentro de si e um dia tudo aquilo se rompe.
Moisés era pastor das ovelhas do seu sogro, e certo dia, ele levou esses animais deserto adentro e quebrou a rotina na qual ele estava preso havia quarenta anos, por medo de ser descoberto, porque não tinha em quem confiar, e não sabia quem era ele. A rotina é coisa boa, mas não podemos ser escravos dela. Uma segunda coisa: ele ousou transpor os limites daquilo que ele conhecia. Ele não só os transpôs, como também entrou no desconhecido.
Quando tomamos a coragem, ou seja, a decisão de romper com aquilo que está fazendo mal para nós, o Espírito Santo vem em nosso socorro e por isso sentimos aquela força em nosso interior, que nos move a dar passos em direção às mudanças.
Se tinha uma coisa que Moisés estava acostumado a ver era ver a sarça pegar fogo, mas aquela tinha algo diferente, ela não se consumia. A mesma coisa acontece conosco, aquilo que fazemos todos os dias, de repente, algo parece diferente, mas não é que algo mudou, somos nós quem estamos diferentes.
Deus nos atrai no cotidiano da nossa vida. O Senhor nos prende com laços de amor; nas pequenas coisas Ele cuida de nós e vai se revelando.
Quando Moisés ia se aproximando da sarça ardente, o Senhor o chama: Moisés, Moisés! E ele responde. Eis me aqui, Senhor.
Quantas vezes queremos ouvir a voz de Deus, mas sem nos aproximarmos não vamos ouvi-Lo. Para que você escute a Deus, é preciso que você se aproxime d’Ele.
Deus nos chama pelo nome. E a cada um de nós o Senhor nos chama porque nos conhece intimamente. Quando a Palavra de Deus diz: “Eu te chamo pelo nome”, isso quer dizer que o Senhor sabe de nossas feridas, de nossas lutas, de tudo o que já passamos na vida. Deus nos diz: Eu conheço tudo o que você fez, assim como sei tudo de bom que há em você porque fui Eu quem te fiz.
“Tirar as sandálias” quer dizer “desarmar-se diante de Deus”, é sinal de rendição, é mais que isso: é a pessoa reconhecer-se escrava. Se quisermos conhecer a Deus, precisaremos nos render, com confiança, na presença d’Ele, e no momento em que nos despojamos na presença do Altíssimo, Deus tira o véu, que nos deixa vê-Lo, e se revela a nós.
Você quer descobrir o plano que Deus tem para a sua vida? Então “tire as sandálias” e se aproxime do Senhor. Deus está lhe dizendo hoje: Eu tenho visto os seus sofrimentos. E no momento em que nos deixamos ser curados, nos tornamos instrumentos de cura para os outros. E só há um jeito de vencer o medo: enfrentando-o!
Márcio Mendes
Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Célia Grego
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.:Revista Canção Nova de junho de 2010
