Não devemos sentir vergonha de nós mesmos, porque somos obra de Deus, com qualidades e defeitos; acima de tudo, somos amados por Ele.
Marcio Mendes, nesta quinta-feira, dia 4 de agosto de 2016, no programa ‘Sorrindo pra Vida’, diz que não devemos sentir vergonha de nós, pois Deus conta conosco.
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A Palavra meditada está no Salmo 130,1-8
“Das profundezas a ti clamo, ó SENHOR. Senhor, escuta a minha voz; sejam os teus ouvidos atentos à voz das minhas súplicas. Se tu, Senhor, observares as iniquidades, Senhor, quem subsistirá? Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra. A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pela manhã, mais do que aqueles que guardam pela manhã. Espere Israel no Senhor, porque no Senhor há misericórdia, e nele há abundante redenção. E ele remirá a Israel de todas as suas iniquidades.”
Quantas vezes, em momentos de nossa vida, esperamos por uma palavra de quem nós amamos, seja uma palavra de perdão, de amor ou incentivo. Com essas palavras, sentimo-nos bem, amados e acolhidos, mudamos nosso coração.
“Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra.”
Por isso, quando dizemos que nossa alma espera no Senhor, é porque uma palavra d’Ele nos coloca de pé, reergue-nos, por isso o salmista diz que espera mais até do que os sentinelas pela aurora, pois uma palavra do Senhor muda toda nossa vida.
“Das profundezas a ti clamo, ó SENHOR.”
Quando nós aguardamos o Senhor, ansiosos, esperamos pela luz, pela força que vem de Deus, uma força que liberta e nos redime. O Salmo fala que das profundezas clamamos o Senhor, pois se trata de um abismo, onde nos encontramos e de onde só Deus consegue nos tirar.
Ao permitirmos que o pecado entre em nossa vida, cada vez mais nos afundamos nesse poço. Pecar significa errar o alvo, fracassar, pois ninguém celebra o próprio fracasso. A tentação usa desse peso da vergonha para nos afundar mais e mais, pois quem caminha em uma vida de pecados tem um coração pesado de culpa e vergonha.
Para que possamos sair desse poço, só existe uma maneira: mesmo estando no buraco, clamar a Deus. Talvez seja isso que nós precisamos fazer hoje, voltarmos a Deus, de todo nosso coração e, do abismo que nos encontramos, clamar por sua infinita misericórdia.
Para que possamos entender, é preciso enxergar que culpa e vergonha são sentimentos diferentes. A culpa é um sentimento desconfortável, que existe dentro de nós quando fazemos algum de ruim; mesmo inconsciente, no fundo nós nos sentimos culpados. Já a vergonha é o que sentimos quando percebemos que não estamos correspondendo a nossa verdadeira essência.
Deus nos criou e conta conosco para cumprir um papel na construção de Seu Reino. Quando deixamos a vergonha habitar em nós, sentimos vergonha de nossa família, do nosso jeito de ser, seja interno ou externo, sentimos vergonha de nós mesmos e assim sentimos vergonha da obra de Deus, de Sua criação.
O Senhor nos chama a não nos envergonharmos, inclusive de nossas limitações, a não se comparar ao outro, pois nós temos nossos dons assim como nosso irmão tem o dele. Devemos nos valorizar e nos orgulharmos dos dons que temos, pois, se reparamos demais no dom do nosso irmão e esquecermos o nosso, alimentamos também outro sentimento ruim, a inveja.
O Senhor permite que sintamos culpa, para que assim revejamos o caminho que estamos seguindo e possamos corrigir o estrago feito. A culpa tem essa utilidade, Já a vergonha é sofrimento, pois somos importantes e amados, por isso devemos reconhecer nosso valor.
Por fim, posso lhe garantir uma coisa: se, hoje, você acha que ninguém conta com você, eu lhe digo que Deus está contando com você, exatamente pelo que você é, pois devemos florescer onde Ele nos plantou, pois o Senhor não duvida de nós.
Marcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Lucas Mendes