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A Palavra meditada, hoje, está em São Mateus 2,1-12.
Meus irmãos, preparando-me para este momento de reflexão, pedi a Deus que me inspirasse com uma Palavra, com algo que Ele quisesse falar. E no momento em que rezava com minha família a Novena de Natal, minha esposa leu essa passagem e, com ela, percebi que o convite da novena era viver a reconciliação.
Todos nós, então, começamos a pedir perdão uns aos outros; o mais bonito foi perceber que essa atitude veio na simplicidade. Às vezes, é muito difícil pedir perdão para algumas pessoas, porque, em vez de elas deixarem o mal morrer com um abraço e perdoar, elas se enchem de razão e dizem: Eu perdoo você, mas…, e começam a dar lição de moral naquele que está ali para reconciliar-se, soltando toda amargura e raiva acumulada. Nessa situação, tudo vai por água abaixo.
Hoje, a proposta é que coloquemos tudo o que está guardado em nosso coração diante do Senhor e não diante das pessoas, porque elas podem não estar preparadas. Temos de deixar de ser orgulhosos e rancorosos para conseguir perdoar.
Os reis citados na passagem saíram do Oriente e chegaram a Jerusalém perguntado a Herodes sobre o Rei dos Judeus que ia nascer. Mas quem eram esses reis Magos? O Papa Bento XVI fez uma linda reflexão, no dia seis de janeiro desse ano, sobre eles, dizendo que eram homens inquietos em busca da verdade.
Quando esses magos resolveram sair do Oriente em busca dessa verdade, muitos outros sábios debocharam deles, mas, mesmo assim, eles seguiram a estrela e chegaram até Jerusalém. Lá eles procuraram a autoridade maior, que era Herodes; então, perguntaram a ele: Onde está o recém-nascido, o Rei dos judeus? Nós vimos a Sua estrela no Oriente e viemos para prestar-Lhe homenagem.”
Herodes achou estranho, então chamou os doutores e chefes dos sacerdotes e lhes perguntou onde o Messias iria nascer, eles responderam: “Em Belém”. Muito esperto, ele chamou os magos novamente e pediu que, assim que eles achassem o novo Rei, que lhe avisassem para que ele também pudesse ir até lá para presenteá-Lo. Na verdade, o que Herodes queria era acabar com ele para que fosse o único rei de todo povo.
Os magos continuaram seguindo a estrela e chegaram até o Menino Jesus. O mais bonito é ver que, ao entrarem na casa, viram o Menino no colo de Sua mãe Maria e, logo, ajoelharam-se diante do Menino Deus para adorá-Lo. Depois de adorar, eles ofereceram presentes ao Menino Deus: ouro, incenso e mirra. O ouro era destinado ao rei, o incenso era uma oferenda ao sacerdote e a mirra era para o profeta e representava a imortalidade, porque Sua palavra de vida é eterna e permanece para sempre. Esses magos deram o que tinham de melhor a Jesus, que era Rei, Sacerdote e Profeta.
Diante disso, eu lhe pergunto: “O que você tem no cofre do seu coração para oferecer ao menino Deus? É tempo de dar o melhor a Ele”.
O Papa Bento XVI também fala, na mesma homilia do dia seis de janeiro, a respeito do coração inquieto. Ele diz que não somos apenas nós que estamos com o coração inquieto em busca Deus e de algo mais, mas também Ele tem o coração inquieto em relação a nós. O Senhor nos espera e anda a nossa procura, à procura de um coração que se deixe tocar pela Sua inquietação, pela Sua paixão por nós.
Se hoje o seu coração está inquieto, talvez porque ainda não conseguiu perdoar ou porque ainda não deu aquele gesto concreto de conversão, saiba que o coração de Deus também está inquieto à sua procura.
Os magos estavam ansiosos em busca da verdade, que é Jesus; e Deus também estava à procura deles. Diz o Papa que a estrela, muito mais que a explosão de um planeta, é a super-nova que nos guia. A estrela é o próprio Cristo que guiava os magos, é a própria Igreja e que nos guia.
No Natal, o nosso coração tem de ser conduzido por essa estrela. Temos de ir até o Menino Deus para oferecermos a Ele o que tivermos de melhor. Se não tivermos nada, então busquemos emprestado da Mãe Imaculada toda alegria, fé, esperança para que, na noite do nascimento de Jesus, possamos dar-Lhe o melhor.
Abra o cofre do seu coração a Deus e ofereça a Ele tudo o que tiver. O Senhor quer a sua oferta sincera em adoração. Se forem coisas ruins, ele também aceita; se não houver nada, peça emprestado à Nossa Senhora, para que no Natal seu coração esteja do melhor jeito.
O Natal é a festa do Menino Deus! Volte para a Igreja, pois somente Deus pode cessar a inquietação do seu coração. Ele o espera na manjedoura. Acompanhe a estrela, leve tudo o que aflige sua vida, coloque-se de joelhos aos pés do Menino Jesus e abra o cofre do seu coração.
Alexandre Oliveira
Membro da Comunidade Canção Nova
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