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A Palavra meditada hoje está em Eclesiástico 4, 36-40.
Devemos estender a mão para o pobre a fim de que nosso sacrifício e oferenda sejam perfeitos. O pobre a que a Palavra de Deus se refere é todo aquele que vive uma necessidade: pobre de Deus, de amor, de amizade, de atenção, de verdadeira valorização. E lembre-se também de oferecer ajuda a quem não tem o mínimo para viver, que não tem com o que vestir nem onde dormir e com o que se aquecer.
Entre tantas notícias ruins que deparamos no nosso dia a dia, principalmente sobre pessoas que tiram a própria vida, será que não haveria ali um pedido de socorro? Será que essa pessoa não estava vivendo uma indigência de apoio, consolo, direção ou sentido para a vida? Talvez o drama da pessoa fosse tão grande que ela chegou a esse extremo. Mas será que ninguém poderia ter evitado isso?
A Palavra de Deus nos fala hoje: “Estenda sua mão ao pobre”, seja ele pobre de carinho, atenção, afirmação, elogio, presença de amigo, pai e mãe ou de ajuda material. No entanto, as ofertas e os sacrifícios perderão o valor se o coração não se compadecer de quem sofre. Tudo o que ofertarmos a Deus não tem valor se o coração estiver fechado para o bem e para amar.
Nossa oferta e sacrifício a Deus são expressões da nossa vida de oração. Nosso sacrifício oferecido a Deus é oração encarnada, porque precisamos rezar com os lábios, mas também com a vida, com o corpo. Para que a nossa oferta e sacrifícios sejam eficazes, agradáveis a Deus e aceitos por Ele, precisam ser acompanhados de um coração compadecido do irmão sofredor.
Que todos que se apresentarem diante de nós, hoje, não sejam despedidos de mãos vazias e que tudo o que ofertarmos seja com boa vontade. Se você for ofertar alguma coisa para alguém, faça-o com boa vontade e se dê de presente como oferta, ou seja, faça-o de coração.
O que e como podemos fazer para ofertar algo a alguém de coração? A Palavra de Deus nos ensina a fazer isso com situações concretas: não deixar de consolar os que choram, os que sofrem, não fugir de quem está aflito, mas se aproximar dele. Não ter preguiça de visitar um doente porque assim você vai se firmar na caridade e afirmar o amor dentro do seu coração.
Lembremo-nos de que fomos feitos para o amor e para que o amor se alargue em nosso coração devemos ofertá-lo [amor] ao próximo. O verdadeiro amor se refere à graça de Deus que nos leva a amar a todos. O amor não é uma coisa que se fecha em si, pois esse sentimento nobre transborda. Um coração amado por Deus e que experimentou o amor se derrama até para quem consideramos não merecedor dele.
Não existe outro caminho para alcançar a santidade a não ser pelo amor. Sem o amor nada que você faça lhe trará o bem, pois toda ação inspirada pelo amor, por amar, mesmo que seja um gesto pequeno e sem importância produz bons frutos.
Quanto mais amor você demonstrar, tanto mais os outros o amarão e mais fácil vai ficar para você amá-los. Desse jeito o amor é eterno. Quando pegamos o caminho do amor, não temos mais vontade de parar, quando este se manifesta como uma mão estendida aos pobres se transforma em ajuda espiritual.
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Rita Bueno
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