A Palavra, que Deus nos dá para meditarmos hoje, está em I Lucas 25, 41-47.
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Esta Palavra, que partilhamos hoje, é muito dura. Nela está a nossa santificação ou condenação.
A pior coisa do mundo é a discriminação. Uma das coisas mais difíceis é ver alguém sofrer; é terrível. Eu sou fraco para ver a dor dos outros, passo mal, porque quero ver as pessoas alegres. E Jesus veio dizer uma coisa muito séria: Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: – Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos (Lucas 25, 41).
É muito forte isso o que o Senhor nos diz. Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber (Lucas 25, 42). Quantas vezes acontece de vermos um mendigo com fome e não lhe darmos o alimento de que ele precisa e nos afastarmos dele… Somos eternos cegos e não enxergamos quem é necessitado ao nosso lado.
Nós não podemos deixar ninguém de fora, temos que lutar até o último minuto para buscar a todos os necessitados. E quando fazemos o bem a uma pessoa, não é só ela que fica feliz, mas nós também ficamos muito gratificados pelo bem que fizemos. Nós recebemos em dobro. É linda a vida da partilha e Jesus leva isso muito a sério. Ele coloca o nome dEle [nesta passagem bíblica] como o exemplo, dizendo-nos que bateu na sua porta e nos pediu um copo dágua e não lhe demos, assim por diante…
O seu problema é o meu problema, somos um. Quero ver todos alegres e satisfeitos. Sou masoquista? Não, não sou! Eu sou apaixonado pela vida de Deus; e quanto mais vocês sorrirem, tanto mais ficarei alegre.
Cristo é taxativo nesta Palavra: Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer (Mateus 25, 45). Essa Palavra é para nós; só os justos irão para a vida eterna.
Faça o bem, mesmo não enxergando a quem; não evite as pessoas! Quantas vezes já aconteceu com você de ficar ruminando algo de mau que uma pessoa lhe fez? Com vontade de se vingar da pessoa?
Mas Jesus vem nos ensinar que devemos rezar por ela, abençoando-a em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Perdoando-a de coração. Depois da luta interior, você terá um encontro pessoal com Deus.
Costumamos dizer Eu sou, não conseguimos falar em segunda pessoa tu és porque somos egocentristas: eu, eu, eu… Não existe ninguém neste mundo que não tenha nada para dar; não me refiro só ao dinheiro, mas a um carinho na cabeça, um abraço apertado, ajudar uma pessoa atravessar uma avenida; enfim, uma caridade. A vida é linda! Todo mundo tem o que dar, nem que seja um sinal de bom dia! Com um simples ato, nós nos alegramos. É muito linda essa parábola, e o samaritano nem pensou se iria ver o enfermo novamente. O bom samaritano o arrumou, colocou-o num abrigo e não o deixou jogado. Ele poderia não vê-lo nunca mais, pois a pessoa estava num estado lastimável. Nesse ato é como se Jesus o estivesse acolhendo.
Filho de Deus, membro de Cristo, nosso irmão, compaixão natural e considerações humanas não são caridade. Pois não tem essa de considerações humanas e não querer saber da vida do outro nem de saber o que ele está precisando. O que Deus nos fala hoje é sobre a caridade. Entrar junto com o outro no sofrimento, viver com ele esse momento. Contudo, não queremos nos envolver com as pessoas; mas não podemos ser assim! A vida do cristão deve ser sólida, alegre, firme, robusta, é isso que Jesus nos pede hoje.
Que o Senhor abra a nossa visão para enxergarmos a necessidade do outro, pois Ele nos promete: Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer. E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna (Lucas 25, 47).
Vamos para a vida eterna?
Wellington Jardim
Administrador da Fundação João Paulo II
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Transcrição e adaptação: Eliziane Edwiges Alves
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