Pe. Márcio

Vamos clamar o Espírito Santo

Desde quando ouvimos falar do Espírito Santo? Alguns, quando criança, na catequese; outros, naquela experiência de oração ou por meio de livros, K7s, CDs, DVDs, pendrives e outros meios. O melhor é saber que muitos não só ouviram falar d’Ele, mas também fizeram uma experiência com o Espírito de Deus.

Assim, podemos perceber que não há limites para Deus, pois Ele tem seus meios de chegar a nós. Aliás, o limite está, na verdade, naquele que não se abre ao Espírito Santo.

Você sabe quem eram os apóstolos? Por acaso eles eram pessoas extraordinárias, eram santos? O que percebemos, quando lemos os Evangelhos, os Atos dos Apóstolos e as Cartas é que eles eram pessoas simples, pecadoras, limitadas. Pedro e André eram pescadores; Mateus, cobrador de impostos. Cada discípulo tinha sua personalidade, sua fraqueza.

Como pode pessoas tão rudes, sem grandes estudos, sair pelo mundo e anunciar a salvação por meio de Jesus Cristo? O que movia esses homens? Quanta ousadia! Quanta coragem! Eles, hoje considerados santos, não nasceram santos, não nasceram apóstolos, mas eram, antes de tudo, discípulos de Jesus Cristo.

O Evangelho de Lucas nos ensina que Jesus era um homem cheio do Espírito Santo (cf. Lc 4,1) e, assim, realizou Sua missão de revelar o amor do Pai, de salvar a humanidade.

Em vários momentos, nos Evangelhos, Jesus se retira para orar na montanha (lugar de oração), para estar em sintonia com Deus (cf. Mt 8,1; 14,23; Mc 1,35; 3,13). Ora, aprendemos com a Igreja que o Senhor é um em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; cada um com Sua missão, mas sempre unidos. “A unidade divina é trina” (cf. CIC 254), mistério da Santíssima Trindade.

Arquivo CN

As ações de Jesus, em obediência ao Pai, eram com o Pai no Espírito. Tudo o que Jesus realizou, Ele o fez no Espírito Santo e, antes de partir, de glorificar o Pai através de Sua entrega-doação por amor à humanidade, prometeu que enviaria o Paráclito. “No entanto, é bom para vós que eu vá. Se eu não for, o Defensor não virá a vós. Mas, se eu for, eu enviarei a vós” (cf. Jo 16,7).

Jesus fez uma promessa aos Seus discípulos e cumpriu tal profecia: “Quando chegou o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles estavam. Então, apareceram línguas como de fogo que se repartiram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava” (Atos 2,1-4).

O Senhor enviou, após cinquenta dias, o Sopro do Espírito aos Seus discípulos. Ele enviou a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Defensor, o Santificador, o Impulsionador, Aquele que deu coragem e fez toda diferença na vida daqueles humildes homens.

Foi em Pentecostes que nasceu a Igreja, é no Espírito Santo que a Igreja vive a missão de anunciar uma Boa Nova. Os discípulos/missionários saíram para anunciar, com ousadia, e só o fizeram, porque estavam cheios do Espírito.

Os apóstolos e todos os santos da Igreja, foram discípulos, os primeiros a entrar na escola de Jesus e a caminharam com Ele. Esses homens fizeram o quê? Abriram-se à Água Viva, acolheram Deus.

Por fim, façamos, hoje, a nossa experiência com o Espírito do Senhor. Embora haja muitas informações e formações sobre esse tema, necessitamos ainda, como discípulos, nos abrirmos ao Paráclito.

Vamos pedir, vamos clamar, pois os discípulos estavam em oração, estavam em sintonia com Deus. Eles tinham medo, mas foram perseverantes.

Hoje, seja perseverante, peça o Espírito de Deus, Aquele que dá coragem. Vem, Espírito Santo!

Padre Márcio
Membro da Comunidade Canção Nova

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