E começaram a bendizer e cantar hinos a Deus, celebrando-o por todas estas suas grandes obras. E especialmente porque lhes tinha aparecido um anjo de Deus (Tb 12,22).
Quando meu primeiro filho – o Jonas – nasceu, meu coração de pai encheu-se de uma especial alegria. Era a realização de um sonho! Finalmente experimentava em minha vida a bênção que é a paternidade.
Entretanto, meu filho nasceu com hipoglicemia. Por causa disso, ele precisou ser rapidamente levado à UTI da maternidade logo após seu nascimento e ficar sob cuidados médicos dentro de uma incubadora.
Graças a Deus, minha esposa conseguiu ficar numa dependência do hospital que a Divina Providência havia reservado para nós. Dessa forma, ela podia se sentir mais próxima do filho enquanto também se recuperava de todo o desgaste do parto. Minha sogra também estava presente para dar toda assistência necessária a ela. Quanto a mim, só podia ver meu filho dez minutos por dia e não podia, sequer, pegá-lo em meus braços, pois ele tinha que ser medicado dentro da incubadora.
Numa daquelas visitas, vi meu pequeno Jonas se contorcendo naquela caixa de vidro. Percebi, naquela hora, que ele estava sofrendo e coloquei minhas mãos sobre a incubadora. Então, comecei a orar: Jesus, cura meu filho! Não o deixe sofrer assim. Sou um pai aflito pedindo a Sua ajuda. Senhor, misericórdia!. Lembro-me que, naquela noite, fiz o trajeto de metrô da estação Itaquera (onde ficava o hospital) até a estação Santana (onde eu morava) chorando sem parar.
As pessoas dentro do metrô olhavam para mim meio assustadas, mas eu nem me importava com isso, pois todas as minhas forças estavam voltadas a um único pedido: Jesus, não deixe meu filho morrer!.
Logo que cheguei, para minha surpresa, recebi a visita do padre Jonas, que estava voltando de uma missão e fez questão de saber como nós estávamos. Abracei-o chorando (para variar!) e mostrei o quarto do Jonas enfeitado, porém, vazio. Ele abençoou o quarto do Jonas, deixou um bilhetinho de boas-vindas para ele (sabia que meu filho tem esse bilhete guardado até hoje?) e disse que estava orando por nós e que eu fosse forte naquela situação. Como foi consoladora essa frase do padre, a qual já ouvi tantas vezes na comunidade: Aguenta firme, meu filho!.
No dia seguinte, mais reconfortado pela visita e pelas palavras do padre, acordei com uma decisão no meu coração: vou orar diante do Sacrário até o céu se mover em favor do meu filho. Levei para a capela uma garrafa de água, a Bíblia, um violão, meu terço e o celular para o caso de receber algum telefonema da minha esposa ou da minha sogra que se encontravam no hospital.
Chegando à capela, já fui dizendo ao Senhor: Jesus, eu só saio dessa capela quando o Senhor curar o meu filho!. E comecei a orar. Fiquei por horas louvando, cantando, orando em línguas e meditando a Palavra de Deus. Lembrei-me, então, que meu filho nascera no dia 29 de setembro, dia dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael. Comecei a invocar o auxílio deles e orei intensamente no Espírito.
Após a oração em línguas, o Senhor me deu a seguinte imagem: um trono visto por trás, ou seja, não conseguia ver quem estava sentado nele. Porém, eu via três anjos enormes ao lado do trono. Compreendi que eles eram os Arcanjos de Deus. Vi, logo em seguida, outro anjo menor segurando nas mãos uma criança envolta em faixas. Esse anjo se curvava diante dAquele que estava no trono e apresentava a criança que trazia nas mãos. Então, Aquele que estava no trono ergueu a mão direita e a estendeu na direção da criança. E a visualização terminava assim.
De alguma forma eu sabia que aquele anjo com a criança nos braços era o Anjo da Guarda do Jonas. Que alegria! Deus estava curando o meu filho naquele exato momento. Mal acabara de assimilar tudo isso e o meu celular tocou: era a minha sogra que, muito emocionada, me dizia: Alexandre, eu e a Rosení acabamos de receber a notícia que o Jonas está melhor e que ainda essa semana receberá alta do hospital.
Meu Deus, como eu chorei naquela hora! Ainda hoje me emociono ao contar esse testemunho. Não me envergonho de derramar lágrimas, pois é um choro de gratidão.
No próximo dia 29, meu filho completa 11 anos de vida. Vejo meu menino crescendo saudável, feliz e, sobretudo, abençoado por Deus. Apesar dos anos que foram se passando, confesso que, naquele dia, aprendi uma lição que nunca mais esqueci na vida: podemos e devemos sempre contar com os anjos, esses amigos fiéis que Deus colocou ao nosso lado.
Assim como eu experimentei o auxílio dos Santos Arcanjos numa situação bem concreta da minha vida, você também pode experimentar esse mesmo socorro do Alto. Creia nisso! Deus nos presenteou com amigos fiéis e poderosos, os anjos, que estão sempre dispostos a apresentar diante do trono de Deus nossas necessidades mais urgentes.
Por isso, meu irmão, fica aqui a dica: deixe de querer caminhar e resolver tudo sozinho, com as próprias forças, aprenda a pedir o auxílio dos Santos Arcanjos. Você verá, definitivamente, que o céu também se move em seu favor!
Um abraço fraterno.
Alexandre Oliveira
Membro da Comunidade Canção Nova
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