Nossa Senhora/ Luzia Santiago

Luzia Santiago fala sobre a primeira experiência com Nossa Senhora

Pelo que me recordo, a minha primeira experiência com a Virgem Maria foi sob o título de Nossa Senhora Aparecida.

Luzia Santiago co-fundadora da Comunidade Canção Nova
Foto:

Quando eu era criança, até os meus cinco anos, minha família morava no interior de Minas Gerais, na zona rural, onde não havia igreja e nenhum tipo de catequese, a não ser os rudimentos da fé católica. Meu pai tinha um rádio de pilha que era o único meio de termos um contato com o mundo externo. Entre as coisas que ouvíamos diariamente, às quinze horas, estava a Consagração a Nossa Senhora, com o padre Vitor, pela Rádio Aparecida; e a Ave Maria, com Júlio Louzada, pela rádio Nacional do Rio de Janeiro. No coração de criança, o fervor torna-se grande e, desde pequena, eu já vivia com os adultos a experiência da fé. Como meus pais eram muito fervorosos, nada eles faziam sem consagrar a Deus e a Nossa Senhora Aparecida. Se eles preparavam a terra para o plantio ou se semeavam, se fosse o tempo da poda, ou da florada, se fosse o tempo da colheita ou da venda dos frutos, havia sempre uma oração, ora de oferta, ora de súplica, ora de louvor e ação de graças. Cresci neste ambiente com a fé simples e constante dos meus pais.

Já morando na cidade, a partir dos meus cinco anos, em Virgínia, a Paróquia era dedicada a Imaculada Conceição. Tínhamos como pároco o Monsenhor Dalízio, um padre que atendia cada família como se fosse única e que batizava todas as crianças da cidade. Meus pais tinham todo o atendimento espiritual que precisavam. Além de meus pais viverem esta vida devota, todo ano eram organizadas as romarias para Aparecida do Norte e nós íamos de caminhão; famílias inteiras. Chegávamos a Aparecida, onde a primeira atividade era pagar as promessas a Nossa Senhora e suplicar as graças necessárias, desde as mais simples, às mais impossíveis. Em uma dessas vezes, entre as graças que fomos entregar, estava uma doença no joelho do meu pai. Lembro-me dele com faixas na região da perna enferma. Ao chegarmos, meus pais e nós, seus seis filhos, diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida, suplicamos com toda a nossa fé a graça da cura do seu joelho. Em seguida confessamos, participamos da Santa Missa, e depois fomos às salas dos milagres. Ainda tiramos fotografia da perna enferma do meu pai para lá deixar nosso pedido. Não é que, graças a Deus, ele ficou bonzinho? Meu pai sarou por completo. Desta mesma forma se sucederam muitas graças e transformações em nossa família.

Estas graças experimentadas na minha infância não ficaram apenas neste período da minha vida. Tanto minha mãe, com suas orações, como meu pai foram cultivando em nós, os filhos, a confiança na Virgem de Aparecida. Na minha adolescência, mudamos para Lorena, SP. Na Paróquia Nossa Senhora da Piedade, como jovem, todos os anos, em outubro, eu participava da novena de Nossa Senhora Aparecida, com o mesmo fervor da minha infância, quando só tínhamos o rádio como único meio de catequese. Nossa Senhora tem acompanha donos em toda a nossa vida de família. É por isso que temos permanecido sempre unidos. Unidos na reza do terço, unidos nas ofertas e ações de graça de cada dia.

Meu pai ficou enfermo durante quatro anos, vítima de um derrame cerebral, sem poder comunicar-se direito, porque sua fala foi afetada e seu lado esquerdo paralisado. Mesmo assim, meu pai tinha grande amor por Nossa Senhora. Com grande dificuldade, até seus últimos momentos de vida, era comum ele, com o seu braço são, tomar o outro, atrofiado, e os levantar exclamando sorrindo: “Viva Nossa Senhora Aparecida!”.

Eu quero a fé de meus pais, eu quero continuar fazendo a experiência do amor e da fé na Virgem Maria, a Senhora de Aparecida. Viva Nossa Senhora Aparecida!

Luzia Santiago
Co-fundadora da Comunidade Canção Nova


Adquira em nosso shopping:


.: Livro
“Devocionário a Nossa Senhora Aparecida”
Canção Nova


.: Livro
”Quem ama sempre vence”
Luzia Santiago