TESTEMUNHOS DE FÉ

Deus nunca nos desampara!

Neste dia 4 de fevereiro lembramos o Dia Mundial Contra o Câncer, e no dia 15 o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil.

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“Deus nunca nos dá uma cruz maior que podemos carregar!” Como nós ouvimos isso em momentos de adversidade! E receber a notícia sobre alguma doença abala qualquer pessoa, e, quando falamos sobre câncer, o medo e a angústia aparecem. No entanto, Deus nunca desampara os Seus, pois sempre há esperança. Esperança e fé!

E quando o câncer acomete uma criança de apenas três anos de idade? Como os pais e familiares reagem? Onde encontram forças? Essa é a história de Tatiana Sganzela Gallego e Daniel Gallego, casal com um lindo testemunho de fé que trazemos a você que visita o site do Clube da Evangelização. Eles eram pais do pequeno Gustavo Gallego, que teve um câncer na cabeça.

Em uma conversa informal, Tatiana lembra, com carinho, a música que marcou a pequena trajetória, porém intensa, de seu filho Gustavo. “O meu lugar é o Céu” do Dunga e “Força e Vitória” da Eliana Ribeiro eram as preferidas desse pequeno guerreiro. Sim, um guerreiro, pois em meio às tribulações ele não desanimou. Em especial, a música da Eliana Ribeiro toca o coração de Tatiana, do marido dela, Daniel, e de todos os familiares. Sempre quando a escutam, dizem se lembrar do filho, pois ele sempre a cantava.

Com 1 ano de idade aproximadamente, Gustavo teve uma febre convulsiva e foi levado ao médico. Com 2 anos e 6 meses, essa mesma febre veio a se repetir. Feitos os exames, foi constatado um nódulo na cabeça, que, a princípio, o médico afirmou se tratar de uma calcificação, segundo nos relatou a mãe do garoto. E como a criança não apresentava nenhum sinal clínico de doença e agia como um garoto normal de sua idade, a vida prosseguiu sem alterações.

Contudo, em junho de 2011, quando seu filho já estava com 3 anos de idade, Tatiana começou a notar um comportamento diferente. Gu, como ela carinhosamente o chamava, começou a perder o equilíbrio ao andar. Em um determinado momento, ela precisou se ausentar durante um fim de semana para fazer um curso e, na volta, percebeu que o filho estava febril novamente. Juntamente com o marido, ela o levou ao médico, acreditando que, pelo fato de nunca ter se distanciado do filho, ele poderia apenas estar carente da presença dela. E nada foi relatado na consulta. Passados três dias, quando a criança estava na escola, Tatiana recebeu uma ligação da professora informando que o menino não estava muito bem. Ela afirmou que, naquele instante, seu coração de mãe lhe dizia: “Há algo errado”.

Daniel e Tatiana levaram-no até o hospital, onde foi preciso realizar uma tomografia. Ao fim, o especialista lhes disse: “o Gustavo está com um tumor, um tumor cerebral e é um caso cirúrgico”. O pequeno Gustavo precisou ser internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Ao se referir à reação deles naquele momento ela afirmou: “Não foi fácil, mas se isso aconteceu foi pela permissão de Deus. Não que Ele queira nosso sofrimento, mas se isso aconteceu, nós tínhamos a certeza de que Ele estaria em todos os momentos conosco, tínhamos confiança”. E revelou que sempre foi confiante em Deus e que, em todos esses momentos difíceis, sempre rezou junto com os amigos e familiares, fazendo o Cerco de Jericó. E contou que até mesmo pessoas que não os conheciam se uniram a eles nessa força de oração.

Essa mulher de fé testemunhou que a Canção Nova também esteve presente na história dessa família. E ressaltou que tudo o que ouviu antes daquele momento, com as pregações de Padre Léo e Monsenhor Jonas Abib, foi como uma escola. “Aprendemos. Agora temos que viver o que foi aprendido e colocar tudo em prática”.

Ainda em junho, Gustavo foi para sala de cirurgia. No mês seguinte, ele recebeu alta e voltou para casa, quando os pais começaram a procurar os tratamentos que teriam de ser feitos a partir daquele momento. Contudo, o pequeno guerreiro no dia 3 agosto daquele mesmo ano precisou voltar para o hospital, pois o tumor havia voltado. E no dia 5, ele retornou para a Casa do Pai, como ele sempre cantava “O meu lugar é o Céu”.

Acompanhada pelos médicos no momento de desligarem os aparelhos, pois havia sido confirmada a morte do pequeno Gustavo, Tatiana, que é muito amiga de Nossa Senhora, afirmou ter feito o último pedido para o médico de uma mãe em um momento de dor e sofrimento. “Quero pegar meu filho no colo pela última vez!” E  disse ter se lembrado do sofrimento de Maria, que também passou pela dor e carregou seu Filho Jesus no colo, e ter tido em seu coração a certeza. “Eu acredito que meu filho está ao lado de Deus”.

E como Deus nunca desampara os Seus, depois de 2 anos, Tatiana e Daniel tiveram a graça de conceber um filho novamente. Ela enfatizou que ela não queria engravidar, pelo menos não naquele tempo em que estavam vivendo. E que, em uma adoração ao Santíssimo Sacramento, ela pediu a Deus que os tirasse do luto e que o Senhor a tornasse uma nova mulher e restaurasse seus sonhos. E então nasceu Fernanda Gallego, uma nova história, um novo tempo que Deus colocou em suas vidas.

“Não é fácil, mas se apegue a Deus. Mesmo que possamos estar num momento difícil em nossa vida, Deus nos consola. Precisamos amá-Lo, adorá-Lo, louvá-Lo e entregar nossa família ao Pai! Ele cuida de todos nós!”, concluiu essa mulher de fé.

Arieli Prado
Jornalista do Clube da Evangelização