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A murmuração é um verdadeiro anestésico ao nosso gosto pela vida

Mensagem do Márcio Mendes, no programa ‘Sorrindo pra Vida’ da TV Canção Nova, nesta terça-feira, dia 11.

A Palavra, que Deus nos dá para meditarmos hoje, está em Números 21, 4-9.

.: Ouça a mensagem

Márcio Mendes
Foto: Wesley Almeida

Todas as vezes em que nos aproximamos da Palavra de Deus um novo Pentecostes acontece conosco. O Espírito Santo nos fala ao coração, e quando vivemos o que nos é inspirado por Ele ficamos cheios de Deus. Quando olho para esta Palavra sinto-me retratado por ela, como esse povo: Só murmurando e perdendo a paciência com Deus. Só não estamos enfrentando um deserto, mas a reação é igual, ou seja, nosso coração está endurecido como o deles.

Para entender melhor essa passagem bíblica: o povo de Deus era escravo, sem direito à liberdade, mal tinham o necessário. Assim como está na Palavra “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável” (Num 21,5). Moisés, sendo colocado por Deus à frente, veio para libertá-los, e certa vez, não teve tempo de levar comida às pessoas no deserto, e quando isso aconteceu, o povo murmurou.

Louvo a Deus pelas vezes em que não fui atendido por Deus, porque as coisas, que eu desejava, não eram boas para mim. E O louvo também por aquelas que, muitas vezes, pensei que não fossem boas, mas, por serem enviadas por Deus, são maravilhosas e construtivas, as quais entendemos com o tempo. O pai não faz o que o filho quer, mas o que é bom para este [filho].

Quando fazemos um pedido a Deus, nós o queremos para o agora, e quando não o recebemos, muitas vezes, perdemos a paciência. E a primeira coisa que fazemos é nos zangar e falar que Deus se esqueceu de nós, e murmuramos. Essa murmuração é um verdadeiro anestésico ao nosso gosto pela vida. O que antes era doce até então, passa a ser amargo.

Às vezes, perguntamos: “Como pude passar tanto tempo sem rezar?” E quando nossa oração não consegue ser sentida, parece que somos esquecidos. Então, falamos que temos nojo de rezar, como aquele povo que disse ter nojo daquela comida. Não existe oração mais eficaz do que o sacrifício da Santa Missa, na qual não é o padre que reza por você, mas o próprio Jesus. Todos os sacrifícios são observados na Comunhão Eucarística, que é o ato máximo de nossa fé.

Em algum momento você perdeu o sentido da vida, achando que Deus não o escutava e que a vida perdeu o sabor? Isso ocorre por falta da oração. Deus não castiga ninguém, somos nós que produzimos o castigo pelo pecado; o que nos castiga são os pecados cometidos por nós.

Em Números, vemos que o faraó atraiu o mal contra eles. O pecado dele voltou-se contra eles, atraindo serpentes venenosas; e quem era picado morria. Mas esses animais peçonhentos são sinais para nós: pior do que uma serpente é a “serpente” [maligno] que envenena nossa alma. Ela [serpente] não pode fazer mal nenhum a sua alma nem ao seu espírito, mas há uma “serpente venenosa”, que mata a alma. E se nos aproximarmos dela, ela nos picará: que é o pecado. Quando o pecado nos fere de morte perde-se o gosto de viver. Quantas pessoas querem tirar a vida porque perderam o gosto por ela.

Jesus Cristo é a grande bênção que Deus nos deu, o qual destruiu toda maldição sobre nós. Ele transformou o pecado em salvação.

Antigamente era comum haver casamentos arranjados, nos quais as famílias se uniam com os patrimônios, e muitos noivos iam conhecer seu cônjuge no altar. A relação de ambos, muitas vezes, não dava certo, pois era algo imposto. Depois de casados, o marido, revoltado, maltratava a mulher, traindo-a, e a mulher se sujeitava a muitos desrespeitos por essa imposição cruel. E como esse tipo de casamento nós estamos unidos ao pecado, e Jesus abraçando este perigo cruel, assumiu nossos pecados, livrando-nos.

Quando olhamos para Jesus desfrutamos da vitória que Ele nos deu. Ao ser levantado no madeiro, deu-se a vitória sobre o mal, sobre o pecado e sobre a morte. Glorificado seja Nosso Senhor, porque, ao subir aos céus, Ele sopra e expira dando seu Espírito! Oferecendo-nos o remédio para a eternidade.

Portanto, só Jesus Cristo vai curar suas feridas interiores, pela ação do Espírito Santo.

Quaresma é tempo de voltarmos os olhos para Deus combatendo nossos pecados e vícios, para sermos curados das “picadas das serpentes”, pois o pecado nos corrompe. Essa força de morte – vinda do pecado – perde o poder quando temos os olhos fixos em Jesus. A partir de hoje, vamos cortar toda murmuração de nossa boca! E arrancar do nosso coração a impaciência para com Deus e para com as coisas de Deus e com as pessoas colocadas por Ele ao nosso lado. A murmuração é uma maldição. Talvez muitas coisas aconteçam em sua vida por conta da murmuração. Em vez de criticar de maneira negativa, console a pessoa ao seu lado. Não conseguimos libertar e curar ninguém na murmuração. Uma palavra, que vem de Deus, pode ser revertida em bênção na sua vida e na vida dessa outra pessoa.

Peça ao Senhor a graça de tirar dos seus lábios a murmuração, colocando seus olhos fixos em Jesus, entregando-Lhe as pessoas que tiram a sua paciência.

Que o Espírito Santo o ilumine e aumente sua fé!

Márcio Mendes
Comunidade Canção Nova

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