Hoje é dia Mundial do Combate ao Câncer. Este dia foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para que todos se reúnam para ajudar na prevenção e na solidariedade aos pacientes que lutam contra essa doença. Nesta hora, além do tratamento, é muito importante se apegar em Deus e ter fé de que, com Ele, tudo é possível.
Trouxemos para vocês o testemunho da Dra. Gisela Savioli, médica nutricionista e amiga da Canção Nova, que partilha com todos como superou essa enfermidade com fé no Senhor Jesus. Confira!
“BI-RADS®: Categoria 4, foi com esse resultado que recebi minha última mamografia. Tinha acabado de chegar de uma semana de férias em Nova Iorque com meu esposo, Roque, e programado meu check-up anual para meu retorno. A mamografia, entretanto, realizo a cada 6 meses por solicitação da minha ginecologista, visto que minha mama direita sempre apresenta alguma imagem que merece ser acompanhada. Faço esse procedimento desde 2002 e, em 2009, precisei, inclusive, fazer uma punção que não apresentou malignidade. Isso tudo da mama direita. Qual não foi a surpresa quando esse resultado que recebi foi em relação à mama esquerda!
O sistema chamado BI-RADS® (Breast Imaging Reporting and Data System) não é apenas uma classificação de resultados, mas um conjunto de ações que, quando utilizadas, permitem maior eficiência dos programas de detecção precoce do câncer de mama, proporcionando significativa diminuição da mortalidade causada por essa doença. E eu me encaixo perfeitamente nesse grupo.
Todas nós, mulheres, que já fizemos mamografia podemos encontrar no resultado a Análise Comparativa com o exame anterior (e aqui está a importância de levar sempre consigo exames anteriores numa pasta bem organizada em ordem cronológica), a Opinião e a Recomendação. É nesse item Opinião, que geralmente aparecem os achados e a categoria do BI-RADS®, que podem ser: Categoria 1 Negative, Categoria 2 – achado(s) benigno(s), Categoria 3 Provavelmente benigno, Categoria 4 Suspeita de anormalidade e Categoria 5 Altamente sugestivo de malignidade.
Eu já tinha recebido um resultado Categoria 3 para minha mama direita, o qual, no exame seguinte, voltou para Categoria 2. A surpresa foi quando recebi a classificação Categoria 4 e para minha mama esquerda! No autoexame, que todas nós devemos aproveitar para fazê-lo na hora do banho, nunca percebi nenhuma anormalidade e depois descobri o motivo. Meu problema não era um nódulo palpável e, sim, calcificações agrupadas como se fossem um pequeno colar de pérolas. As calcificações mamárias são depósitos de cálcio que saem do sangue para os tecidos e fixam-se na forma de sais de cálcio. Essas calcificações são achados até frequentes, geralmente benignos, e que sempre estiveram presentes na minha mama direita, mas, dessa vez, eram agrupadas e na minha mama esquerda. Algo muito útil que somente profissionais habilitados a fazer esse tipo de leitura teriam condições de diagnosticar.
Para não estender demais meu testemunho, os exames seguintes mostraram se tratar realmente de um câncer de mama. Não hesitei em nenhum momento (com o apoio incondicional do meu marido) em fazer uma mastectomia (retirada completa da mama – inclusive do mamilo), e como não foi possível diagnosticar por meio de um exame específico meu linfonodo sentinela (o primeiro gânglio linfático a receber células malignas de um tumor canceroso primário por meio da circulação linfática), foram retirados também todos os nódulos linfáticos esquerdos.
Durante todo esse processo confesso a você que teve algo que chegou a me preocupar: minha paz interior! Todos à minha volta entraram em pânico e não era incomum eu confortá-los. Mas chegou um momento em que essa paz começou a me incomodar, pois meu lado racional se perguntava: “Gisela, será que essa sua ‘paz interior’ não seria uma fuga ou uma negação da doença?”
E eu fiz essa pergunta para a única Pessoa que poderia me responder: Jesus! E Ele me respondeu, da forma mais linda, por meio da Palavra, com o Salmo 26, 5-6: Assim, no dia mau ele me esconderá na sua tenda, ocultar-me-á no recôndito do seu tabernáculo, sobre um rochedo me erguerá. Mas desde agora ele levanta a minha cabeça acima dos inimigos que me cercam; e oferecerei no tabernáculo sacrifícios de regozijo, com cantos e louvores ao Senhor.
Foi então que descobri que essa paz, que vem de Deus e não dos homens, era porque eu estava no recôndito, no mais íntimo do tabernáculo do Senhor. Eu estava guardada no Seu coração!
Eis por que, meu querido irmão e minha querida irmã, devemos ter uma vida de oração, para que, quando enfrentarmos momentos como esses que eu vivi e que são inevitáveis, pois são situações que, mais dia, menos dia, iremos viver na nossa dimensão humana, tenhamos a certeza de que o Senhor nos carrega em Seus braços.”
Não desanime durante sua caminhada! Nós da Canção Nova estamos sempre aqui para ajudá-lo, intercedendo por você e fortalecendo sua fé com a Palavra de Deus, proclamada em nossos programas, conteúdos e produtos.
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