Sorrindo pra Vida - 16/03/2012

A vida é uma contínua experiência de perdoar e ser perdoado

Mensagem do missionário Márcio Mendes no programa “Sorrindo pra Vida” da TV Canção Nova, desta sexta-feira, dia 16 de março de 2012.

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Ao ir para a página do Podcast ‘Sorrindo pra Vida’ , você encontrará, abaixo de cada um deles, uma seta; ao clicar nela, você conseguirá baixar o arquivo em MP3.

A Palavra meditada, hoje, está em Mateus 18, 21-35.

“A oração precisa caminhar com o perdão”, ensina Márcio
Foto: Maria Andrea

“É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão” (Mt 18, 35). Essa questão não mexe só com você, mexe com todos nós. Quem não precisa ser perdoado ou perdoar alguém? A vida é uma contínua experiência de perdoar e ser perdoado. E quem não sabe perdoar não vive, apenas sobrevive e arrasta o fardo pesado de tristeza, mágoa, solidão, ressentimento, sentimento de fracasso no relacionamento. A pessoa fica acabrunhada sob este peso e perde o gosto pela vida, desejando não viver mais.

Quando não perdoamos assumimos e atraímos o mal. É como uma casa que não coloca o lixo para fora e atrai doenças e animais, como ratos, baratas, formigas, dengue, escorpião. Do mesmo modo, uma pessoa que não perdoa está guardando lixo dentro da alma e atraindo presenças malignas.

Aquele que guarda o rancor e o ressentimento e se determina a não perdoar abre espaço para o inimigo de Deus. Perdoar e ser perdoado faz parte da realidade da nossa vida, mas não é fácil, tanto que Pedro pergunta a Jesus quantas vezes deveria perdoar se o irmão pecasse contra ele. Há um detalhe nessa pergunta: o apóstolo não questiona quantas vezes deve perdoar se ele não gosta do irmão ou se não estivesse disposto a perdoar. O número “sete”, na Sagrada Escritura, quer dizer o número da perfeição, perdoar muito e ao extremo. E a resposta do Senhor é que ele [Pedro] não deveria perdoar muito ou exageradamente, mas infinitamente. Devemos perdoar sempre que alguém pecar contra nós.

Perdoar não é fazer papel de tolo, bobo, que gosta de magoar, mas sim, abrir mão de ir à forra, é se determinar a não se vingar, a tirar do coração o desejo de fazer mal ao próximo, é querer bem a quem nos feriu. Quando perdoamos uma dívida rasgamos o documento da dívida diante do devedor para que este se sinta livre e perdoado. Logo, perdoar uma pessoa é espiritualmente rasgar toda a acusação que tínhamos contra ela.

Você tem o direito e o dever de se proteger contra uma pessoa que tenta atingi-lo, mas não tem o direito de a prejudicar. É seu dever se defender, mas a ninguém é dado o direito de pagar o mal com o mal porque nós somos de Cristo. Perdoar a alguém que nos feriu não é uma questão de querer, e sim de ter que perdoar.

No céu só entra uma pessoa que esteja em paz com o próximo e com Deus. Quem não se reconcilia com o próximo não se deixa reconciliar com Deus. E uma pessoa que não se reconcilia com o Senhor não faz chegar a Ele sua oração. E a oração precisa caminhar com o perdão.

Márcio Mendes

Missionário da Comunidade Canção Nova

Transcrição e adaptação: Rita Bueno

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