SORRINDO PRA VIDA - 12/05/2016

Deus nos edifica por meio do dom de oração em línguas

“Eu preciso desejar que os dons do Espírito Santo entrem em mim, venham arejar minha vida, venham fazer parte do meu ministério de evangelização.”

No Sorrindo pra Vida desta quinta-feira, 12, Márcio Mendes dá continuidade à meditação sobre os dons do Espírito Santo.


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A Palavra meditada está em I Corintios 14, 1-5:
“Buscai o amor e aspirai aos dons do Espirito, principalmente a profecia. Pois aquele que fala em línguas não fala aos homens, mas a Deus; ninguém o entende, pois ele fala, em êxtase espiritual, coisas misteriosas. Mas aquele que profetiza fala aos homens, edificando, exortando, confortando. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo, porém o que profetiza edifica a igreja. Desejo que vós todos faleis em línguas; desejo ainda mais: que todos profetizeis. O que profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a menos que este também interprete e, assim, edifique a igreja.”

Deus nos edifica por meio do dom de oração em línguas

Foto: Arquivo/cancaonova.com

Eu agradeço a Deus por essa Palavra, porque ela nos faz entender que quem dá os dons é o Senhor, Ele nos faz abrir o nosso coração para recebê-los. Deus sabe mais do que nós!

A graça de Deus que nos sustenta, o projeto d’Ele para nós é que nossa vida seja de plena realização. Porém, precisamos nos conhecer, pois quanto mais nos conhecemos, mais descobrimos os planos do Senhor, que estão gravados no fundo do nosso coração.

Se Deus nos conhece mais do que nós mesmos, como podemos colocar impedimentos para os dons que Ele quer nos dar? Quem dá os dons não é Deus? Nós rezamos e dizemos, até mesmo na oração do Pai-Nosso, “seja feita a Vossa vontade”.

Essa palavra de hoje nos diz no imperativo: “Buscai o amor”. Temos de buscar o amor e, na mesma intensidade, os dons espirituais. Precisamos desejar que os dons do Espírito entrem em nós, venham arejar nossa vida, fazer parte do nosso ministério de evangelização.

Sobre os dons, São Paulo os coloca em ordem de importância; não que um seja mais importante que o outro, mas ele coloca num ordem de prioridades. Por exemplo: quando você tem uma família, ela vem em primeiro lugar; depois, o trabalho. Primeiro, a família; depois, a diversão. Você pode conciliar todas essas coisas, mas sempre sabendo qual é a mais importante. A mesma coisa São Paulo fala sobre os dons. O dom de línguas é lindo de experimentar e ouvir! Se você ainda não fez essa experiência, que Deus a conceda a você! Ouvir um profecia é impactante, não assustador.

Certa vez, quando eu estava fazendo o curso de crisma, convidaram-me para ir a um grupo de oração, no qual as pessoas usavam os dons do Espírito. Cheguei sem nenhuma orientação, pois eu não conhecia ninguém. A pessoa que havia me convidado não foi naquele dia. Aquele grupo, no entanto, era diferente; as pessoas rezavam de uma maneira alegre, cativante, todos rezavam de uma maneira linda! De repente, uma pessoa começou a rezar de uma maneira estranha (estranha, porque era novidade para mim!). Ela estava profetizando.

Aquela oração foi entrando no meu coração, comovendo-me e não me causou nenhum susto, mas foi me fazendo crescer no desejo de fazer aquela experiência. Aquela oração me deu um novo impulso no meu relacionamento com Deus.

A oração em línguas

Aquele que fala em línguas não fala aos homens, mas sim a Deus. O diálogo com Deus é a oração. São Paulo, quando diz isso, está falando da oração em línguas, aquele falar é dirigido única e exclusivamente a Deus, e essa oração quem entende é apenas Ele, ninguém mais, nenhuma pessoa nem mesmo o maligno.

Outra palavra que nos ajuda a entender a ação do Espírito em nós está em Romanos 8,26-28 que diz: “Da mesma forma, o Espírito vem em socorro de nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito, pois é de acordo com Deus que ele intercede em favor dos santos”.

Às vezes, você vê uma mãe com uma criança nos braços; esta criança está chorando, gemendo. Aquele choro não tem tradução! A mesma coisa é a oração em línguas. Entretanto, não ter tradução não significa que não tenha comunicação, pois, voltando ao exemplo da criança, o médico, ao ver aquela criança chorando no colo da mãe, entende a sua dor e corre para atendê-lo.

Quando oramos em línguas, mais do que a nossa inteligência, nossa alma reza, nosso coração reza.

Sem o Espírito Santo somos como sinos que tocam, apenas fazemos barulho. A nossa oração precisa ser feita com o Espírito Santo; até mesmo o Pai-Nosso, a Ave-Maria nós precisamos rezar no Espírito, porque aí somos curados e libertos, o Espírito nos impulsiona quando fazemos uma oração verdadeira.

Qual a vantagem de fazer essa oração espiritual? A Palavra de Romanos 8 diz que o Espírito vem em auxilio da nossa fraqueza, porque não sabemos o que pedir nem orar como convém.

Seja sincero com você mesmo, nesse momento da sua vida, há situações que você nem sabe como orar por ela, que você nem sabe o que pedir a Deus, então, você topa com a sua fraqueza de não saber o que rezar. Nessa hora, o Espírito Santo precisa socorrê-lo. Às vezes, eu mesmo não tenho vontade de rezar, o ânimo não se move, daí o Espírito vem em auxílio à minha fraqueza.

Profecia e oração em línguas

Quando se fala de profecia aqui na Palavra (1 Cor 14,1-5), é uma mensagem dada por Deus por intermédio de uma pessoa. Essa mensagem é dirigida a alguém ou a algum grupo, para a igreja local, para a diocese e a Igreja no mundo, a profecia é superior ao dom das línguas, porque ela edifica, exorta e conforta. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo.

Agora, preste atenção! Dos nove dons citados por São Paulo, apenas o dom da línguas é para o bem próprio. Todos os outros são sempre em favor dos outros, para beneficio deles.

No dom da oração em línguas, Deus nos edifica, porque diz do nosso relacionamento íntimo com Ele. Edificar é construir, demolir o que não presta. Quando rezamos em línguas, o Espírito Santo vai destituindo da nossa vida tudo o que não presta, Ele vai limpando nossa alma, nosso coração e nos edificando, restaurando e libertando. Então, olhe o prejuízo ao fechamento do coração a esse dom.

O fechamento do coração é um problema! Quando queremos recusar os dons, estamos recusando o Espírito, pois Ele é o próprio dom. Não há como dizer que quer o Espírito Santo e não quer os dons, dessa maneira estaremos mutilando o Espírito Santo.

Deus quer nos dar os dons, mas é preciso ter cuidado, porque o maligno é mestre da falsificação, ele pode falsificar o dom de línguas, mas o amor não, ele não pode falsificar e, se você ainda não teve a graça, esse presente de rezar, fixe seu coração em amar, abra o seu coração para experimentar os dons do Espírito Santo.

Os dons de Deus são maravilhosos, são bênção na nossa vida. Então, como São Paulo disse, eu empresto as palavras dele, desejo que todos recebam esse dom de orar em línguas. Deixe que o Senhor venha interceder por você, com essa oração inefável.

Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova

Transcrição e adaptação: Rafaela Ramos

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