Eu quero convidar você para abrir a Palavra de Deus em:
Salmo 38,7-8a.8b-9.10.11.
Jesus já nos mostrou, muitas vezes, nesta passagem: Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta, que eles não guardam coisas para o dia de amanhã, mas nós as guardamos, porque, muitas vezes, não acreditamos que Deus proverá. O ser humano se acostumou e se deixou levar pela ganância, por isso, acumulamos riquezas e não sabemos que a riqueza maior o Senhor nos dará.
Nós vivemos inteiramente na misericórdia de Deus, esperamos a providência divina a cada dia. Precisamos nos questionar: pedimos por que necessitamos ou pedimos por que queremos ter? Se queremos acumular bens é preciso pedir perdão, confiar e esperar no Senhor. Se não nos acostumarmos a agradecer pelo que temos e a esperar em Deus, nos perderemos no mundo.
Nós estamos nas mãos de Deus, por essa razão, este salmo começa O homem é um sopro. Devemos nos agarrar a Deus, à Palavra, porque feliz é aquele que é obediente, feliz é aquele que sofre as demoras de Deus.
Nós precisamos de Deus e tudo devemos colocar na vontade d’Ele. Assim deve ser a nossa vida de cristãos; não adianta sermos imediatistas. Com o Senhor as coisas não acontecem dessa forma. É preciso confiar e esperar as demoras d’Ele.
Muitas vezes, estamos enfraquecidos na oração e frágeis nos relacionamentos com nossos irmãos, e a espera em Deus nos impulsiona a rezar e a nos unir nas novenas, na adoração. E quando vamos nos firmando a vontade de Deus acontece.
Se a vida é curta e passa tão rapidamente, o que esperamos? Nem mesmo da nossa vida somos donos. O mundo é uma sombra, de modo que devemos entregar ao Senhor, que é o fundamento de tudo, o que é duradouro: o amor, a caridade, a esperança, os dons; pois o ouro, o dólar, as casas, tudo isso acaba.
Somos herdeiros da graça de Deus, por isso, devemos ter os nossos olhos e o nosso coração abertos para receber a graça do Alto. Temos pecados, sim, mas, quando existe arrependimento, a graça de Deus os supera, porque o Senhor é misericórdia.
É preciso olhar para o Céu e dizer: Lá está a minha futura morada! A maior preocupação não é quanto tempo viveremos, mas como viveremos esse tempo. A vida não é medida pelos bens materiais, mas sim, pelos valores duradouros que Deus nos concede nesta vida.
Será que estamos vivendo de acordo com os valores da eternidade?
O demônio está sempre pronto a nos ridicularizar na nossa fé, no nosso amor a Deus. Roguemos ao Senhor para que Ele renove as nossas forças.
Tudo é vaidade, a menos que depositemos nossa fé e esperança em Deus.
Wellington Silva Jardim (Eto)
Administrador da Fundação João Paulo II
Transcrição e adaptação Célia Grego