Luzia

Ser pai!

“Honra teu pai e tua mãe, para que prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dᔠ(Ex 20,12)
Este é o primeiro mandamento de Deus, seguido com promessas: “para seres feliz e teres uma longa vida sobre a terra”. São Paulo também nos recomenda: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo” (Ef 6,1). Justo porque foram nossos pais que nos deram a vida e que nos transmitiram o conhecimento de Deus.
A observância dos mandamentos de Deus acarretam sempre uma recompensa, frutos espirituais e frutos temporais de paz e prosperidade. Ao contrário, a não observância deles acarreta grandes danos para as pessoas. Neste mês, especialmente, lembramos a figura do nosso pai e o comemoramos com muito carinho.

Eu tenho uma saudade e um carinho enorme ao me recordar de meu pai. Seu nome era Francisco ou “Seu Chiquinho” para os amigos. Ele foi uma das pessoas mais ternas e amorosas que já conheci. Ele tinha o dom de agradar os outros, hospitaleiro, trabalhador, alegre e brincalhão. Papai era músico, tocava violão e cantava, mas tinha as mãos grossas de trabalhar na lavoura. Mês a mês contava o dinheirinho que tinha para as despesas da família, nunca deixava uma conta sem pagar, mas sempre achava um jeito de ajudar a quem precisasse. Seus gestos de carinho e afeto afagavam todas as suas correções de pai responsável. Papai hoje vive para sempre com Cristo, porque morreu na graça e na amizade de Deus.


OUÇA: Luzia Santiago deixa mensagem a todos os pais


A Priscila, como filha, veio-me com a seguinte colocação: “Você já percebeu que só nos últimos anos, ainda timidamente, começou-se a destacar a importância que tem a figura paterna?” Sim, os estudiosos concluem que o homem deixou de ser visto como ‘autoridade máxima’, como muitas vezes foi considerado, conquistando hoje o papel que sempre foi dele: o de participante ativo da formação e da educação dos filhos.

Um pai ausente, ‘mesmo que presente’, pode provocar dificuldades para a criança no decorrer de sua vida. A carência de contato com o pai pode ser uma das raízes do sentimento de desamor, de rejeição no filho (a), podendo gerar quando este for adulto a busca de um substituto paterno.

Certa vez, um filho de nove anos perguntou ao pai, que era médico, quanto ele cobrava por consulta. O pai disse-lhe o valor. Passado um mês, o filho aproximou-se do pai, tirou algumas notas do bolso, esvaziou seu cofre de moedas e disse com os olhos cheios de lágrimas: “Pai, faz tempo que eu quero conversar com você, mas você não tem tempo; consegui juntar o valor de uma consulta. Você pode conversar comigo?” Não podemos nos esquecer que muitos pais não demonstram carinho, pois na realidade, eles também não o receberam. Nem sempre é possível darmos aquilo que nunca recebemos. Tente saber da infância de seu pai, talvez isso o ajude a entendê-lo.

Quanto a você, que é pai, elimine qualquer mágoa que só lhe traz ressentimentos, tristezas e saudades, pois estas coisas podem fazer com que você transfira esses sentimentos para seus filhos. Convido-o a ser um pai presente, amoroso, atencioso, amigo, fascinante como o meu pai Chiquinho. Deus o constituiu com um potencial extraordinário de paternidade.

Que nada e ninguém o impeça de assumir e manifestar o dom de ser pai. Para muitos, o pai assume a imagem de um herói. Mas na realidade, o herói de hoje vai muito além daquele homem que faz coisas mágicas e impossíveis. O herói, hoje, é aquele que faz companhia, que dá segurança e afeto, que é amigo para todas as horas. É alguém que fala de Deus, reza, conversa e também escuta. Você, que é filho, mais gostoso do que dar um presente para seu pai é dizer-lhe o quanto ele é importante em sua vida e por que não dizer do seu jeito: “PAI, EU TE AMO!” ?

Luzia Santiago
Co-fundadora da Comunidade Canção Nova


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