Riqueza de nosso povo

Sensibilidade religiosa

A religiosidade e a piedade popular são, sem sombra de dúvida, um aspecto fortíssimo que configura a cultura e a história de nosso povo. O brasileiro, além de gostar de futebol e Carnaval (e de ser por isso mundialmente conhecido), é também dotado de uma profunda sensibilidade religiosa, realidade essa que perpassa e define a nossa específica identidade.

Prova de tal circunstância é a constatação da imensa veneração dedicada em nosso solo a muitos santos e santas, dentre os quais, alguns de intensa expressividade são lembrados neste mês. Em junho, celebramos Santo Antônio, São João Batista (Natividade), São Pedro e São Paulo, santos conhecidos e que possuem festas profundamente enraizadas em vários Estados de nossa nação.

Arquivo

Muitos recorrem à intercessão desses santos que, em vida, souberam amar a Deus até o último suspiro, deixando-nos um belíssimo exemplo a ser imitado. Eles se estabelecem como um modelo do que devemos ser, além de possuir o dom de interceder por nós que ainda nos encontremos sob os “fardos” do tempo.

Acredito que tais figuras encontram forte eco em nossa cultura em virtude do processo de identificação que nosso povo (o “simples” e o “não-simples”) realiza ao contemplar suas dores e sua história: muitos se percebem no erro e necessitados de uma profunda conversão como São Paulo, outros se descobrem na negação e posterior reabilitação como São Pedro, alguns se encontram em perseguições e sofrem pelo bem e pela verdade como São João Batista. Ainda há os que se percebem desejosos de acertar e de fazer o bem, como Santo Antônio.

Enfim, a realidade de nosso povo encontra ressonância nas dores e enredos que compuseram a história desses homens e mulheres, sendo que eles souberam edificar a eternidade ainda no solo deste nosso frágil tempo. Eles são setas que nos apontam a eternidade!

Entretanto, convenhamos que esta belíssima expressão de fé, manifestada por nosso povo, necessita também de uma constante purificação para que, assim, torne-se, realmente, um lugar de maturidade e de fé, não apenas de bebedeiras e de uma “profana alegria”. Os santos, com suas festas e liturgias, precisam ser celebrados de forma santa. Tais eventos precisam protagonizar o crescimento de uma genuína fé, e não ser um palco de confusão religiosa (sincretismo) e de vãs superstições.

Precisamos celebrar bem os nossos santos e santas, encontrando-nos em suas histórias e imitando as suas virtudes. Assim, construiremos a felicidade em nossos dias e nos tornaremos, a exemplo deles, belíssimos exemplos a serem imitados na aquisição de uma real e profunda realização.

Padre Adriano Zandoná
Sacerdote e missionário da Comunidade Canção Nova

Evangelize conosco.

.: Boleto Bancário

.: Débito Automático

.: Cartão de Crédito

.: Conheça outras formas de contribuir