da TV Canção Nova, nesta sexta-feira, dia 15
A Palavra que Deus nos dá para meditarmos hoje está em Mateus 5, 20-26 e Ezequiel 18, 21-28.
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Tema deste dia do Retiro Popular, que é um caminho para nossa Páscoa, hoje fala sobre a reconciliação e justiça.
Celebramos Deus como expressão pura de perdão, este é o sinônimo do perdão contínuo e profundo da natureza do Pai. Deus está sempre, a toda hora, aguardando aquele, que está no caminho errado, para recebê-lo de braços abertos. Ele não desiste de ninguém e está como de espreita para voltarmos a Ele, concedendo-nos a liberdade para fazer nossas escolhas, até sabermos quando retornar.
A autêntica realidade do cristão é o perdão, isso é a importância de como vivemos nosso Cristianismo, no dia-a-dia, manifestado no Filho de Deus, Jesus. Ele é a experiência do perdão e de Filho verdadeiro do perdão contínuo.
É possível viver a experiência do cristão sem perdoar todos os dias?
Devemos continuamente perdoar a nós mesmos e aos outros. O perdão precisa caminhar conosco todos os dias. Você precisa perdoar mesmo estando repleto de razões, ou com lágrimas nos olhos, às vezes até sem vontade de fazê-lo. Ofereça este gesto a Deus, abrace quem não merece, abra um sorriso a quem não merece, isso é a autenticidade do cristão.
Então como juntaremos justiça e reconciliação? Lendo o livro do retiro, Dom Alberto nos mostra como aplicar a justiça no Reino de Deus vivendo a partir do amor e da fé, aplicando o perdão, a misericórdia, a paciência, o acolhimento, porque é assim no nosso coração, em nossa cabeça. No entanto,
por conta de nossa má formação misturamos a justiça de Deus com a justiça do mundo, na qual vale a lei do mais forte; esquecendo-nos de que Jesus se entregou para a remissão dos nossos pecados. Essa é a natureza de Deus. E está presente em nós; contudo, muitas vezes, não perdoamos aos demais e fugimos dessa natureza, deixando que prevaleça somente a humana. E ao agir assim, estamos indo contra a natureza de filhos de Deus, não exercendo a justiça dEle, o que nos leva a viver os mais variados tipos de pecado.
Deus, que perdoa e exerce a misericórdia do amor, sempre nos dando mais uma chance, não desiste de nós e do nosso irmão, não se cansa de ninguém. E a qualquer momento, dá-nos a oportunidade de darmos o melhor de nós. Essa é a natureza divina desde o nosso batismo, o primeiro sacramento, fazendo valer a qualidade de filhos de Deus.
Sejamos sempre esta ponte que gera perdão, reconciliação e isso é viver a justiça. É justo que eu perdoe, é justo dar mais uma chance, é justo ser misericordioso.
Se nós não perdoamos, morremos, pois o perdão é como a seiva é para a árvore. Se não perdoamos não somos cristãos verdadeiros. Por isso, precisamos perdoar, principalmente aquela pessoa que não queremos. Perdoe enviando um e-mail, perdoe procurando a pessoa, que está lá no fundinho do seu coração, a qual há muito tempo não a vê. Perdoe com gestos, perdoe com bilhetinhos, perdoe com abraço; muitas vezes, até sem falar nada, mas perdoe dentro do seu coração, no íntimo com Deus. Mas perdoe antes que você morra. Não deixe a vida passar sem você ter a experiência de perdoar.
Exercer a justiça é viver a misericórdia e perdoar a toda hora. Ninguém está isento de não cometer erros. Diga: Pai, perdão!, Filho, perdão!, Mãe, perdão1, faça essa palavra entrar em sua vida.
Perdoe para ser livre das mágoas; quando não perdoamos, vamos nos encarcerando dentro de nós mesmos. Ninguém merece viver sem o seu perdão.
Confesse-se, prepare-se para uma boa confissão. Principalmente na Quaresma, que é um tempo de morte de nossas misérias, mate a falta de perdão dentro de você! Peça a Deus a graça do perdão.
Ricardo Sá
Missionário da Canção Nova
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