A Palavra, que Deus nos dá para meditarmos hoje, está em Romanos 7, 14-21.
São Paulo nos diz que quando saímos da graça, vamos para o pecado, e este começa a nos dominar, pois não existe meio termo. Para Deus só existe mão e contramão, sem atalhos. Ele é muito claro com relação a isso na Palavra.
Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que aborreço (Romanos 7, 15). Em nosso interior, temos tudo de bom, queremos fazer o bem. Não pense que um assassino ou um ladrão pratica o mal porque quer; com certeza, existe uma causa na história dele que o levou a esse ponto, pois dentro dele [e de todos nós] há a concupiscência.
A lei divina é boa e o Espírito Santo de Deus mora em nosso interior, mas nossa carne é fraca. Os nossos desejos não devem se sobrepor aos do Senhor. Temos muitos desejos, mas não podemos nos entregar a eles; pelo contrário, temos de vencê-los até morrer. Temos de dar a volta por cima. Não podemos deixar que a carne seja mais forte do que o espírito; devemos colocar na cabeça que nossa carne é fraca.
Para todos nós não importando a idade: 13, 20, 30, 70 e até mais de 80 anos o alimento interior é muito significativo: Ou nos alimentamos do bem ou nos alimentamos do mal. É uma luta constante contra o pecado; é necessário lutarmos. Mas se não vencermos as pequenas batalhas, imagine as grandes lutas! Quem despreza as coisas pequenas, pouco a pouco cairá nas grandes. Como diz o ditado popular: Quem rouba um tostão, rouba um milhão. Não existe ladrão grande ou pequeno, existe o ladrão.
A tentação é um convite para o pecado e sempre surge com aspecto de ser do bem; mas isso é só aparência, pois é um mal. Devemos renunciar ao pecado. A tentação sempre vem com aparência de algo bom, pois nunca o diabo vai aparecer como uma coisa horrorosa e ruim. Dessa forma, ele seduziu Eva, colocando uma maçã apetitosa em sua frente para que no final ela pecasse. É isso que ele faz conosco. Por isso, devemos renunciar a todo mal. O maligno usa de coisas ilusórias e fantasiosas, assim como a maçã que era linda e apetitosa, mas que não faz bem, como aconteceu com Eva.
Deus nos quer de pé no chão, ou seja, sóbrios. Quem habita em nós é o Espírito Santo de Deus. Precisamos jogar essa maçã fora! Para não nos perder nestas ilusões e vícios, que parecem ser bons, mas não são. Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero (Romanos 7, 19). Somos todos fracos e pecadores; se não lutarmos contra nossas fraquezas, cairemos no pecado.
A tentação tem três fases: Sugestão, encontrar satisfação e o consentimento do pecado. A primeira é apenas um convite do mal; a segunda ocorre ao se encontrar satisfação ao fazer o que a sugestão deixou no coração. O diabo fica nos influenciando porque quer que façamos as nossas vontades e não as de Deus. E por último vem o consentimento, quando pecamos de fato.
Não se culpe por cair, pois, Deus o fez bom; mas não caia na lábia do diabo. Não entre no caminho do mal, pois ele dará coisas maravilhosas. Enquanto não houver consentimento não haverá pecado; portanto, esse é o meio: não consentir. A indecisão e a dúvida são armas para o pecado. Decida-se pelo bem.
Ao pecar, o remorso e a infelicidade são muito grandes, por isso não compensam. Assim, começamos a enxergar o quanto nossa carne é fraca. Nossa vida é uma luta constante, devemos rezar sempre uma Ave-Maria e um Pai-Nosso para que Deus tenha compaixão de nós e nos livre do pecado.
Wellington Jardim
Administrador da Fundação João Paulo II
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Transcrição e adaptação: Eliziane Edwiges Alves
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