A Palavra, que Deus nos dá para meditarmos hoje, está em Genesis 2, 18-25.
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Deus olhou sobre a terra e viu que quem ele havia criado estava só. O Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada. Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem. Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne (Gênesis 2, 18 e 23 e 24).
Santo Irineu nos diz que Deus tirou a companheira adequada da costela e não da cabeça, para que ela não estivesse acima de seu companheiro. Mas que também não a tirou do pé para que ela não fosse espezinhada por ele. Por isso, tirou-a do meio para que fosse igual a ele. Os teólogos entendem que Deus criou o ser humano, companheiro e companheira; não simplesmente o homem, mas Ele criou uma companheira à altura dele para que ele não estivesse só.
Se você ainda não encontrou seu companheiro, mas Deus plantou em seu coração um desejo profundo de se doar a alguém, então Ele o fez para ter alguém ao seu lado. Até São Paulo, que queria ser solteiro, admitia que era bom se casar. Até na opção do celibato o amor da pessoa não morre, pois esta é feita para o amor tão grande pelo Evangelho, que ela pertence exclusivamente ao Senhor e dedica toda a vida ao Reino de Deus. Nele [celibato] o amor pelo outro é maior. Na comunidade há muitos celibatários cheios de amor pelos irmãos. Pois a marca dos celibatários é a alegria, pois não estão sozinhos, sempre estão acompanhados e felizes.
Não é bom que o homem esteja só por isso o companheiro que Deus nos dá é a ajuda mais adequada para nós. Esse auxílio já é inspirado em sua vida para se realizar e para realizar o outro. Os dois caminham lado a lado, o namoro é uma preparação em vista da vida conjugal. Esse tempo serve para conhecer o outro e escolher sabiamente se é essa a pessoa com quem você quer se casar. E se você descobrir que ela não é a companheira ideal, não tenha medo de ser sincero e de lhe falar a verdade. É tempo de descobrir e de conhecer.
Para você conhecer a pessoa tem de conhecer os amigos e a família dela, pois pelas pessoas com as quais ela anda, você saberá como ela é. Não dê ouvidos a tudo, mas é importante conhecê-la bem. Todo relacionamento deveria começar pela amizade, e depois de serem amigos, namorarem.
Tudo tem uma razão de ser. Casamento entre homem e mulher tem de ser por amor; se não for por amor, então, não se case. Casamento é comunhão, amor, carinho entre os cônjuges. Essa mentalidade do mundo que fala sobre o experimento do sexo antes do casamento deve ser eliminada, pois descartar pessoas não é o ideal, pois você também não quer ser descartado. Se você abusar da pessoa para desafogar suas carências, então, ela vai se sentir usada.
O amor não suporta experimentar um ao outro. Se você conheceu aquela pessoa que é o homem ou a mulher de sua vida já sabe: é essa a pessoa, é exclusiva, você deve viver só para ela e para sempre. É indissolúvel.
No casamento há a entrega e a união de um ao outro diante de Deus, unindo-se na presença dEle em sua esposa e em seu marido. Pois chamaram o Senhor para ser testemunho desta união. Com isso acontece uma coisa nova: esse vínculo passa a existir de verdade também no espiritual. Como vocês se deram um ao outro, não se pertencem mais, mas sim, a Deus. O casamento já aconteceu, estão nas mãos do Senhor. Casamento é uma graça divina.
É possível encontrar, em Deus, a pessoa que Ele criou para ser seu companheiro adequado e sua companheira adequada. Confie no Senhor!
Márcio Mendes
Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Eliziane Edwiges Alves
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