Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa. Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume; e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume ( Lucas 7, 36-37).
Quantos preconceitos temos para com muitas pessoas. Jesus nunca falava não para elas e não se preocupava com quem O havia chamado, pois tinha que testemunhar que era Filho de Deus. Então não podia escolher lugar e com quem iria jantar.
Vivemos cercados daquilo que nos interessa. Se nos interessa fazemos, mas se não nos interessa, não fazemos. O nosso círculo de amizade é ficar ali porque nos interessa. Se temos a oportunidade nos relacionamos com as pessoas que nos interessam. Tudo isso é infelicidade, porque tudo nesta vida passa, só Deus fica.
Nessa passagem vemos a misericórdia de Jesus. O que não temos é a coragem dessa mulher que se sentiu à vontade com Jesus, que foi a salvação dela. Assim ele mostrou seu amor a Jesus, que apagou todo o pecado dela. Ela não mediu esforços, apesar de não ter condição física e moral, mas se sentiu muito à vontade e aos pés de Jesus ela chorou e os enxugou com seus cabelos e os ungiu com perfume. Veja que ousadia dessa mulher com Jesus.
Hoje, o Senhor está nos falando que sejamos ousados para o perdão, para o serviço de Deus. E que não podemos ser medrosos, porque o amor de Jesus apaga todos os nossos pecados. E a partir disso entendemos o amor do Senhor para conosco. Temos que viver a Palavra de Deus. Ela testemunha a nossa vida neste livro e é aqui que encontramos as regras de como viver.
Todo pecador foge do amor e a partir disso o nosso coração vai se tornando uma pedra. O amor e o verdadeiro arrependimento apagam os pecados. Quando não temos a coragem de nos arrepender, passamos a não aceitar o amor pelo simples fato de estarmos no pecado.
Examine seus pecados, pois a falta de perdão é uma ferida que sangra. Se não perdoamos interiormente e só o fazemos da boca para fora, nosso arrependimento não é verdadeiro. Só conseguimos perdoar pelo amor.
A inveja, ciúme e a aversão a um filho de Deus são a mesma coisa que cavar a própria sepultura, nos matando. Temos que nos alegrar com o sucesso dos outros. Essas três coisas são pecadinhos particulares que nos afastam das pessoas.
Somos dependentes um do outro e quando caímos no pecado, apenas enxergando os limites das pessoas, começamos a pecar contra Deus. Elas têm as virtudes delas que estão centralizadas em outras coisas. Somos como peças deste jogo e todos nós somos um. Temos que ter a humildade de ser dependentes dos irmãos, pois um completa o outro. Não sabemos tudo, cada um tem um conhecimento específico, cada um tem sua função. Tenho que passar a enxergar as qualidades das pessoas. Amar o próximo é a grande lei; e se não amamos os próximos como vamos conseguir amar os que estão mais longe?
Aquela mulher precisava daquele amor, por isso precisava ser amada por Jesus. Assim como nós, pecadores, precisamos e somos amados por Deus. Essa fonte do amor é Jesus Cristo.
Wellington Jardim (Eto)
Administrador da Fundação João Paulo II
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