O canal do Clube da Evangelização entrevistou Everson Garcia, administrador do Circo Alegrai-vos, que está instalado na Canção Nova para o Acampamento “PHN”. Ele testemunha como a atração se tornou um espaço de evangelização.
“Sou casado com Andréa Paula e pai de Emanuele Maria de 1 ano e 4 meses e de Caroline de Paula de 13 anos. Conheci a Canção Nova num momento difícil pelo qual estava passando meu casamento, já vínhamos de uma separação de 7 meses. Numa das nossas separações, minha esposa foi para a casa da mãe e lá foi presenteada pela irmã com o livro do monsenhor Jonas Abib: Homens e mulheres em sintonia. Após a leitura do livro, ela decidiu voltar para casa, porém, mesmo assim, a situação era difícil, eu vivia o adultério, a realidade de prostituição aconteceu muito cedo na minha vida, pois sempre vivi no circo e isso me levou a conhecer muitas mulheres; era um ambiente favorável para isso.
Naquele tempo vi em quantas ciladas eu caí, saía com uma moça e quando chegava em casa ficava perturbado, pois não sabia se ela tinha o vírus do HIV, e isso me atormentava, eu não tinha paz. A cada relação sexual que eu tinha vivia um pesadelo.
Quando passei a viver com minha esposa, no início, eu a respeitava, vivia tranquilo, mas chegou um ponto em que eu queria viver tudo novamente, as orgias, uma vida sexual desregrada, isso fazia minha mulher chorar e sofrer muito. Nós já tínhamos uma filha, o que agravava mais a situação.
Foi então que eu conheci a Canção Nova. Quando liguei a TVCN pela primeira vez me deparei com uma pregação do padre Léo, na qual ele fez a seguinte pergunta: “Sabe por que na sua família tudo vai mal? Porque falta Jesus e Maria, chame-os para viver com vocês!” Aquilo mexeu muito comigo. Fui dormir, mas com aquelas palavras no meu pensamento.
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No dia seguinte fui tomar café e assisti ao “Sorrindo pra vida”. Naquele dia estava falando o Eto, e tudo o que ele dizia era o que eu precisava ouvir.
A Canção Nova foi cada vez mais entrando na minha vida. Até o circo se tornou um lugar onde eu queria compartilhar com as pessoas o que eu havia experimentado.
Comecei então a colocar músicas católicas nos espetáculos, e também a convidar grupos de oração pelas cidades em que passávamos para virem fazer o grupo no circo. Tudo isso foi acontecendo de maneira gradual.
Eu e minha esposa não éramos casados, porém, aprendi o valor do sacramento, foi quando nos casamos na Igreja. A partir daí começamos a pedir a Deus um outro filho, foi quando a minha esposa ficou grávida da nossa segunda filha, porém, para a nossa surpresa, essa nossa filha nasceu com uma enfermidade chamada *ossos de vidro.
Minha filha nasceu com múltiplas fraturas, se tocasse no corpo dela, ela chorava muito e teve que, recém-nascida, tomar morfina para que a dor amenizasse. Ela não conseguia sugar o peito da mãe, tivemos que dar de mamar pela seringa. Com toda certeza, se não fosse pela fé eu não conseguiria acreditar que minha filha iria sobreviver, pois ela estava muito fraca e com muitas dores. A bebê teve que ir para Curitiba (PR) com minha esposa, onde ela faz tratamento até hoje.
Fiquei em Vitória da Conquista (BA), porém, foi um tempo em que passamos muitas dificuldades financeiras, a lona do circo rasgou, ficamos sem trabalho. Nesse tempo a Canção Nova foi sendo meu sustento.
E Deus não nos faltou, foram nove meses sem trabalho, vivemos somente da Providência Divina. Alguns dias o leite da minha filha acabou e no mesmo dia alguém chegava até nós o [leite] trazendo. Incrível como tocamos na Divina Providência!
Hoje minha filha tem um ano e quatro meses, é uma menina alegre, que interage conosco. Vi a mão de Deus em tudo, mesmo quando o circo acabou, pois foi quando entrou a Comunidade Obra de Maria na minha vida e assumiu o circo. Hoje ele se chama “Alegrai-vos” e vai de cidade em cidade levando o Evangelho, a vida nova que recebi e a alegria por onde passa”.
*Osteogênese imperfeita é o nome que se dá a uma doença hereditária, que é chamada de “ossos de vidro”. Osso de vidro é a falta de colágeno nos ossos, fazendo com que eles fiquem bem frágeis, razão pela qual o nome “de vidro”. Em muitos casos, muitos pais custam a saber o que o filho tem, pensam que seus ossos são quebrados somente por travessuras deles próprios, sem saber que é uma doença muito grave.
Assista a um trecho da apresentação do Circo Alegrai-vos no Acampamento PHN:
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