Testemunho da Nilza 07-06-07

Jovem fala do alcoolismo em sua familia

.: Ouça trecho do testemunho de Nilza Santos

Nilza Santos da Silva
25 anos, Ilha de Itamaracá, Pernambuco,

“Eu, na minha inocência de 16 anos, não entendia o porquê da minha mãe abandonar meu pai, sendo que nós vivíamos em um ambiente tão amoroso. Nesta época, só moravam em minha casa, minha mãe, meu pai, meu irmão Rodolfo, eu e meu irmão Alexandre.

Então, minha mãe chegou para mim e me disse: “Nilza, eu vou deixar vocês”. Aquilo foi um impacto para mim, porque eu tinha apenas 16 anos e não sabia fazer absolutamente nada: não sabia cozinhar, lavar ou passar, porque eu só estudava.

Quando eu cheguei da escola, só encontrei meu irmão chorando e meu pai em desespero estava do lado de fora e chorando muito. Meu irmão me disse: “Nilza, a mãe nos abandonou, ela saiu de casa. Aquilo foi um choque tão grande, porque toda aquela experiência de ter um lar feliz, de ter pai e mãe, de ter carinho de mãe, então não tinha mais. Minha mãe tinha me abandonado.

E naquele momento que eu vi que minha mãe tinha saído de casa para morar com outro homem, a vergonha foi tão grande que eu e meu irmão resolvemos que mataríamos a nossa mãe no nosso coração. A partir daquele momento não a chamaríamos de mãe, porque a mãe que ama não abandona seus filhos. Ela não sabe a dor que o filho sente.

E com 16 anos eu tive que agir como mãe de família. Eu era mãe do meu irmão de oito anos, onde eu tinha que cozinhar, tinha que fazer todos os serviços domésticos e tinha que estudar. Muitas vezes eu me desesperava com situações que eu não sabia o que fazer.

.: Ouça trecho do testemunho da Nilza

Eu comecei a me estragar na vida. Eu não tinha quem cuidasse de mim: meu pai estava desestruturado, não tinha mais cabeça para pensar em nada, ele só pensava na minha mãe e chorava. Então comecei a viver aquilo que minha mãe me proibia. Comecei a beber cerveja, cachaça, vinho e vários tipo de bebidas, a ter namoros não santos, sexualidade desregrada. Com a minha afetividade muito machucada, comecei então a me dar aos prazeres que o mundo me oferecia, saía para as festas, em bailes, convivências não santas com minhas amigas, em shows que não me levavam em nada para Deus.

Eu queria a presença de mãe e não tinha. Daí comecei a querer realmente a encontrar com minha mãe outra vez, mas não tinha coragem de perdoá-la, de pedir a benção, pois eu estava muito machucada.

No mês de maio, mês de Nossa Senhora, foi quando eu senti Nossa Senhora tocando na minha vida. Eu estava rezando o terço, já rezava, mas ainda não tinha tido meu encontro pessoal com Cristo, e Nossa Senhora me fez entender que eu tinha que perdoar minha mãe, mas eu não sabia como. Então eu fui para uma festa e bebi muito para ter coragem de falar com a minha mãe. Eu fui pra casa dela, porque ela já estava morando com outro homem, entrei no quarto que ela estava, me ajoelhei aos pés dela, comecei a chorar e pedir perdão, porque eu a tinha matado no meu coração. E pedi que ela voltasse, pois Nossa Senhora queria que ela voltasse para casa. Ela me abraçou, chorou muito e me disse: “Nilza, para sua casa eu não volto, mas eu também quero deixar este homem com quem eu estou morando. Eu volto, mas para a casa da sua irmã, a Denise”.

Encontro pessoal com Jesus
Em maio de 2000, eu conheci o Rogério que me apresentou a Renovação Carismática e me apresentou a Cristo. Foi no dia 25 de maio de 2000. Ele me convidou para ir a um encontro da Renovação, mas eu não queria ir para esse encontro, eu não acreditava que Deus amava as pessoas. Chegando lá, quando eu coloquei meus pés, uma senhora, a Maria Lúcia me disse: “Seja bem vinda, Deus te ama muito”. Aquilo no meu coração foi muito forte, mas eu entrei com o sentimento de que aquilo era besteira, que era insignificante aquela frase para mim, porque se Deus me amasse mesmo, Ele não teria permitido que minha mãe saísse de casa.

Ali, naquele retiro eu me encontrei com Deus, eu vivi o meu batismo no Espírito Santo e comecei a orar em línguas. Aquilo para mim era incrível. Foi o ponto auge do encontro. Naquele dia, eu me decidi ser uma mulher alegre para Deus e quando eu cheguei em casa eu queria passar aquela alegria para meu pai. Coloquei meus joelhos no chão e disse: “Deus, a partir de hoje eu vou rezar para que minha mãe e meu pai sejam bons amigos”. E depois de vários anos de oração e joelho no chão, Deus me prometia que iria restituir minha família. E hoje, para honra e glória de Deus, meu pai é o melhor amigo da minha mãe e minha mãe a melhor amiga do meu pai. Meu pai deu um terreno para minha mãe e eles moram hoje em sadia convivência, eles vivem como irmãos.

Canção Nova
Um momento de graça na minha vida foi ter conhecido a Canção Nova. Em 2004 eu estava indo para um encontro na Canção Nova em Gravatá, (PE), então eu ainda era uma jovem cheia de máscaras, e o tema do encontro era: “Jovem, tire suas máscaras”. Eu já era da Renovação, já tinha tido meu encontro com Cristo, mas, no entanto, eu ainda vivia coisas que não eram certas viver.

Aquele encontro na Canção Nova foi um impacto para mim, porque quando eu vi o tema do encontro minha primeira reação foi: “Eu vou embora daqui”. A santidade dos consagrados era forte demais para mim, então eu peguei minhas bolsas e quis ir embora. Eu cheguei na frente do padre Roger Araújo e falei: “Padre, a sua benção, eu estou indo embora”. Ele sorriu para mim, traçou o sinal da cruz na minha testa, e falou: “Deus te abençoe, minha filha”.

Então eu fiquei e naquele encontro eu pude perceber quantas máscaras eu tinha. Eu fui me desapegando e me transformando em nova mulher, mas eu não sabia que aquele meu sim me levaria a querer viver uma vida de consagrada. Eu não imaginei que aquele meu sim me levaria a conhecer a Canção Nova tão profundamente. E hoje Ele me trouxe aqui para a Canção Nova.

Veja também:

.: O novo site de notícias da Canção Nova


Adquira em nosso shopping:

Lançamento: CD Deus Vai Além
Márcio Todeschini

Livro: Vencendo Aflições – Alcançando Milagres
Márcio Mendes

Livro: Jovens Sarados’
Pe. Léo