Felizes os que promovem a paz!

Felizes os que promovem a paz!

Em uma conversa com o diácono Nelsinho pelo telefone eu lhe dizia: “Nelsinho, eu me decidi, em qualquer situação, construir a unidade e a paz”. Ainda lhe propus: “Vamos juntos na comunidade ser construtores da paz? Venha o que vier, aconteça o que acontecer, vamos nos decidir ser elo de paz?”

Do outro lado do telefone o diácono me respondeu com entusiasmo: “Sim, Lú, vamos construir a paz!” Naquele momento, a distância não nos separava, e foi como se eu visse o meu amigo sorrindo; juntos fomos invadidos pela alegria própria do Reino de Deus.

Uma onda de amor invadiu-me o coração e pensei: É só isso que quero na minha vida: abraçar a missão de ser portadora da paz de Deus. Foi assim que aconteceu um dia com Santa Teresinha ao descobrir que a sua missão na Igreja era ser o amor.

Ela mesma nos conta: “Então, na minha alegria delirante, exclamei: Ó Jesus, meu amor… Enfim encontrei a minha vocação: É o Amor!…
Sim, achei o meu lugar na Igreja; e esse lugar, meu Deus, fostes Vós que o destes a mim… No coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o Amor…”.

Assumi como minha missão particular construir a unidade, levar a paz. Não se trata simplesmente de “apagar fogo” onde há conflitos e desconfianças, brigas; é muito mais que isto. Invisto minhas forças e todo o tempo necessário para ver os outros se encontrarem na unidade.

Posso dizer que tomei a decisão de viver e trabalhar para fazer os outros felizes. Em outras palavras, dizer com a minha própria vida: “Onde houver discórdia que eu leve a paz”!

Nisto encontrei também uma bem-aventurança, onde Jesus faz a promessa: “Felizes os que promovem a Paz”.É uma missão que me requer muita atenção e acolhimento para com as pessoas, pois quem no mundo não deseja a paz? Estou aprendendo todos os dias a me doar sem reservas!

Tem gente que não sabe, nem percebe a sua tão grande carência de paz, mas é só isto que deseja. Basta recordar alguém que no seu momento de suprema irritação logo foi exclamando, até sem perceber:”Deixe-me em paz!!!”

Todos nós necessitamos da paz que vem de Deus! Esta paz tem o poder de manifestar e gerar vida. Portanto, é uma missão de todos nós desde os tempos mais remotos. A Bíblia nos narra que Noé, após o dilúvio, soltou um pombo que, passado alguns dias, voltou à arca trazendo em seu bico um ramo de oliveira, como sinal de vida e paz.

Vida, porque a natureza estava em harmonia, ela que em nossos dias geme como em dores de parto esperando a manifestação dos filhos de Deus. Paz, porque a tormenta havia se passado dando lugar às sementeiras e colheitas, à bênção divina.

Há tanto tempo a Igreja nos apela para oramos pela paz; para que a humanidade reconciliada com Deus encontre a paz. “Senhor, fazei de mim instrumento de vossa paz!”

De maneira concreta, neste mês, podemos contribuir para isto abraçando o apelo da nossa Igreja. Celebramos o Dia Mundial das Missões, criado pelo Papa Pio XI, o “papa missionário”. Ele instituiu em todo o mundo católico um dia de oração e ofertas em favor da evangelização dos povos, celebrado num mesmo dia em todas as dioceses, paróquias e instituições.

O Papa exclamou por este dia em favor da unidade: “Esta é uma inspiração que veio do céu”. Cada ato de caridade que praticamos, por pequeno que seja, é um passo em direção à paz!

Luzia Santiago
Co-fundadora da Comunidade Canção Nova

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Autora: Luzia Santiago