SPV_200209

Entrega voluntária, amor gratuito de Jesus por nós

Mensagem de Wellington Jardim (Eto) no programa “Sorrindo pra Vida” da TV Canção Nova, nesta sexta-feira, dia 20 de fevereiro.
Eto
Foto: Arquivos CN

Eu quero convidar você para abrir a Palavra de Deus em
Lucas 23,39-43.

.: Ouça a mensagem

Quem sou eu para julgar alguém? Deus nos quer santos e unidos com aqueles que O amam. Um dos malfeitores citados nessa passagem bíblica não acredita e desafia Jesus, mas o outro o repreendeu: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício?” (Lucas 23,40). Este reconheceu o seu pecado e, por isso, foi salvo. A nossa soberba não nos deixa, muitas vezes, ver o nosso pecado e com isso morremos.

Os frutos dos nossos esforços e o nosso trabalho irão também conosco, porém, depois de purificados e lapidados, porque no céu só entra o que é bom. No julgamento final, para entrarmos no paraíso, as nossas obras terão peso. De todas as obras realizadas são tiradas as virtudes morais e até mesmo o cansaço sofrido não passarão despercebidos.

Não seremos premiados pelas nossas forças ou pela nossa sabedoria, mas pela luz da nossa consciência e do nosso coração. Essas coisas estão ao nosso alcance, porque na cruz o Senhor diz: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem” (Lucas 23,34), e depois: “Ainda hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23,43). É preciso reconhecer o Senhor como Deus.

”Mulher, eis ai o teu filho” (João 19,26), era Jesus dizendo à sua mãe a respeito do discípulo amado, João, e de nós. Depois o Senhor diz: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste!”. E a quinta palavra d’Ele foi: “Tenho sede!” (João 19,28). E lhe deram vinagre. É tão triste o que fizeram com o Senhor! E nós não somos capazes de suportar os nossos pequenos sofrimentos; somos fracos demais e tão vulneráveis.

Jesus passou por tudo isso apenas para voltar depois ao Pai? Não. Ele veio para nos socorrer, pois estávamos todos perdidos, Ele veio por causa dos nossos pecados e para exercer a misericórdia para conosco.

Não queremos sofrer, parece que estamos enraizados e não queremos ver que existe do outro lado um céu. A morte para nós é um desespero, mas será preciso passarmos também por essa etapa.

Sexta palavra do Senhor: “Está tudo consumado” (João 19,30). Jesus entregou sua vida por nós de modo espontâneo, Sua morte foi uma expiação e não apenas um exemplo; foi voluntária. Ofereceu-se a si mesmo como resgate e sacrifício para Deus. Sua morte equivale ao livramento da escravidão.

E a última palavra de Cristo foi: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (Lucas 23,46). É uma oração que nos mostra como Jesus morreu de modo confiante, vitorioso. Assim devemos ter a mesma certeza que Jesus teve no Pai. Quando depararmos com o “calvário” temos de testemunhar que Jesus é o Filho de Deus.

O que Deus tem nos falado é que estamos muito apegados a esta vida. Quando é que teremos o discernimento de reconhecer que a outra vida será muito melhor?

Estas sete palavras vêm para alegrar o nosso coração, porque Jesus se deu por nós ao Pai. Diante dos sofrimentos não podemos duvidar do amor de Deus, não podemos ficar levando uma vida “no mais ou menos”.

Como é difícil para todos nós dar a vida! Preparemo-nos, porque a cada segundo muitos partem. Coragem! Não podemos ficar descrentes dos nossos compromissos. É preciso levantar a nossa cabeça e saber que temos muitos desafios, e não esquecer que temos a nossa moral e a força para vencê-los. Nas horas difíceis, não podemos nunca deixar de acreditar no Deus que deu a vida por nós.

Se você decidiu dar a vida, não pode depois cobrar, por isso pense muito antes de dá-la, porque estamos sempre querendo algo em troca. Deus se deu voluntariamente por nós e o que Ele deseja é o seu ‘sim’ por inteiro.

Wellington Silva Jardim (Eto)
Administrador da Fundação João Paulo II

Transcrição e adaptação Célia Grego