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Tobias replicou: Ouvi dizer que ela já teve sete maridos, e que todos morreram. Diz-se mesmo que foi um demônio que os matou, por isso eu temo que o mesmo venha a me acontecer, a mim que sou filho único, e desse modo faça descer lamentavelmente a velhice de meus pais à habitação dos mortos. O anjo respondeu-lhe: Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder: são os que se casam, banindo Deus de seu coração e de seu pensamento, e se entregam à sua paixão como o cavalo e o burro, que não têm entendimento: sobre estes o demônio tem poder. Tu, porém, quando te casares e entrares na câmara nupcial, viverás com ela em castidade durante três dias, e não vos ocupareis de outra coisa senão de orar juntos. Na primeira noite, queimarás o fígado do peixe, e será posto em fuga o demônio. (Tobias 6, 14-19).
Passado é passado, o que interessa é o que sua esposa e seu marido são hoje. Deus quer nos falar do presente. O que vai espantar o demônio é a sua coragem de viver a vida. É melhor colocar um ponto final e começar tudo de novo. Esqueça o passado. Não traga as coisas do passado para o seu relacionamento; o que passou, passou. O que interessa é o que a pessoa traz em sua vida hoje, ela é a grande riqueza que Deus está lhe dando. A maior responsabilidade de um homem é quando for prestar conta a Deus de seu cônjuge. Os maridos são responsáveis pela conversão das suas esposas e têm a obrigação de cuidar delas, levá-las ao céu e santificá-las. O mesmo vale para as esposas. Não interessa o que aconteceu ou passou antes de vocês se casarem.
Sabia o que enfrentaria com a Luzia e nunca escondi isso de mim mesmo e sempre rezava. Deus quer isso de você, assim como São Rafael fez na vida de Tobias e de Sara, Ele quer que aconteça com você. Em Jesus Cristo tudo pode ser mudado pelo poder da oração. Enfrente o que tiver de enfrentar e essa força é divina, é de Deus, é do céu e Deus quer a sua felicidade. Essa é a grande vitória: Não tema, creia somente.
Para conseguir a nulidade do meu casamento foi muito difícil de enfrentar as autoridades da Igreja, mas foi uma libertação. Hoje, eu, a Luzia e meus filhos somos uma família linda! Deus quer isso de você. Descobri que a grande forma de união e de felicidade de família é fazer um almoço junto; eu quero o espírito de família, de nos reunir. Eu era o errado naquela época, pois saía para o botequim e não tinha responsabilidade, mesmo sendo de Igreja eu não deixava de fazer minhas estripulias. Eu já estava na Igreja e participava das Santas Missas, mas sempre fui muito livre e nunca tive essa afetividade e responsabilidade familiar. Hoje procuro criar isso em minha família.
A Luzia já me falava que quando nós estávamos para casar que ela fez a proposta de não ter filhos para cuidar dos meus, tanto que eles são mais apegados a ela do que a mim.
E como São Rafael disse, não olhe o passado e seja responsável por aquela pessoa que Deus lhe confia e dá, salve o que está perto de você. Não fique preocupado com o dia de amanhã, ele a Deus pertence: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família (Atos dos Apóstolos 16, 31).
Wellington Jardim (Eto)
Administrador da Fundação João Paulo II
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Transcrição e adaptação Eliziane Edwiges Alves
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