SPV 30-10-2008

Deus nos faz pastores no comum do dia-a-dia

Mensagem de Wellington Jardim (Eto) no programa ‘Sorrindo pra Vida’ da TV Canção Nova, nesta quinta-feira, dia 30 de outubro.
Eto – Administrador da FJPII
Foto: Robson Siqueira

Mais um momento Deus nos propicia refletirmos sobre a nossa vida; hoje, de maneira especial, somos auxiliados com a leitura do livro do Eclesiástico 7, 23-28, no qual Deus, de maneira muito prática, nos orienta sobre como nos comportar no comum do nosso dia-a-dia. A Palavra de Deus se atualiza e responde à necessidade de cada um de nós de modo muito particular.

.: Ouça a mensagem na íntegra

A partir do nosso convívio, muitas vezes, queremos ser agradáveis, conquistar amigos e ser queridos por todos. Para isso, há necessidade de cultivar a benevolência que acontece de dentro para fora da pessoa. Essa benevolência surge do fundo da nossa alma. Muitas vezes, nos surpreendemos com gestos de bondade, disposição e solicitude das pessoas, mas para que isso acontecesse na vida delas, elas precisaram cultivar essas virtudes em sua alma. Todos nós desejamos ser queridos pelas demais pessoas, para tanto, precisamos nos empenhar, alimentando nossa alma com coisas boas e colocando em prática as virtudes.

Temos um “rebanho” ao nosso lado, necessitado de nosso cuidado, exorta-nos o Senhor. Todas as pessoas com as quais nos relacionamos, fazem parte do nosso “rebanho”, de maneira figurada. As pessoas que fazem parte da sua família, os colegas de trabalho fazem parte dele. Hoje, com as facilidades da tecnologia, nos relacionamos com milhares de pessoas e somos responsáveis por cada uma delas que passam por nós. Precisamos ser para essas pessoas a solução para seus problemas, através de um conselho, de uma palavra de sabedoria; e isso não exclui, às vezes, a necessidade de adverti-las quando necessário. É preciso dizer “não” para aquilo que consideramos sensato negar.
A sabedoria para aconselhar vem da experiência de uma vida sensata, equilibrada e pautada nos ensinamentos de Deus.

Nesse “rebanho”, do qual fomos incumbidos de cuidar, estão também os nossos filhos, os quais precisam ser formados e educados dentro da autoridade conquistada, através do carinho e respeito – conquistado por meio do nosso testemunho vivo, desde que estes eram pequenos. Se um pai deseja que o filho seja responsável, ele precisa por sua vez dar esse testemunho e rezar também por ele [filho].

A respeito da esposa, o Senhor não fez a mulher da cabeça do homem para que ela não mandasse no marido, tampouco do pé para que ela não fosse sua escrava, mas sim, das costelas para que fosse companheira dele. Muitas esposas choram por causa dos defeitos, da má índole e das indiferenças de seus cônjuges. Os maridos são responsáveis também por elas como parte desse “rebanho” que lhes foi confiado. Por isso, elas não devem ser tratadas com desprezo ou como escravas do lar. A esposa é auxiliar no gerenciamento da família. Se o homem participa com a provisão, a mulher cuida da educação.

Precisamos acreditar e enaltecer as qualidades um do outro. Acreditar que o outro é capaz de cumprir a missão que abraçou. A esposa com quem você se casou foi escolha sua; no convívio se perceberá as qualidades e virtudes do seu cônjuge.

Muitos maridos se sentem afetados por uma doença chamada “ciúme”. Precisamos acreditar um no outro, sem necessidade de enaltecer seus defeitos a quem não diz respeito, nem policiar seus passos.

O casamento entre duas pessoas diferentes se fundamenta no carisma dado por Deus e não nos apelos de seus atributos naturais. O matrimônio ideal é uma sociedade entre marido e mulher, na qual ambos assumem um compromisso, tendo como testemunha o próprio Deus. A partir daquele momento, duas pessoas diferentes acolhem assumir o compromisso de dirigir uma empresa chamada família. Na administração dessa empresa precisa haver normas. É necessário cuidar da qualidade de vida dentro do lar, no qual, como um ninho, a felicidade da família é construída cotidianamente através do esforço e compreensão mútua. É esse esforço diário que Deus espera de cada um de nós.

Transcrição e adaptação feita a partir da meditação de Eto Jardim por Dado Moura.


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