Testemunho da Joana

Depois de 15 anos meu marido parou de beber; Deus o curou através da CN

Eu me casei muito nova, com dezessete anos. Eu venho de uma família católica, meus pais são católicos. Meu pai já faleceu, mas era muito santinho e acredito que ele esteja lá no céu intercedendo por mim, e minha mãe também é uma mulher de oração. Após me casar eu deparei com o alcoolismo do meu marido e fui me perdendo aos poucos. No início foi muito difícil, mas eu morava em uma fazenda, por isso, era mais fácil, mas quando eu me mudei para Cachoeira Paulista (SP) as coisas foram ficando cada vez mais difíceis. Eu fui convivendo com o alcoolismo e fui me distanciando de Deus, fiquei sete anos sem ir à Missa, sem ir à igreja.

Quando eu estava no auge da dificuldade, já tinha pensado em me separar do meu marido, já tinha brigado, falado um milhão de coisas, a gente brigava muito, eu fui trabalhar, mas nós não nos separamos; eu vivia a minha vida e ele trabalhava fora, voltava de final de semana, bebia todos os dias, gastava o dinheiro todo com bebida.

Bem, nesse tempo, o padre José Augusto e outras pessoas aqui da comunidade fizeram um curso chamado de “Paulo Apóstolo”, e ao oconcretizarem eles tinham de fazer o trabalho de evangelização de dois em dois, e quem foi à minha casa foi o padre José Augusto (na época, ele era seminarista).

Eu fiz de tudo para ele não entrar na minha casa, eu não queria, estava dando conta da minha vida do jeito que eu estava levando, mas ele ficou ali na porta olhando para mim, dizendo que eu me parecia com alguém que ele conhecia. Nisso o meu marido chegou já bem alcoolizado e o convidou para entrar e lhe ofereceu café. Meu marido saiu e ele ficou tentando conversar comigo, e eu sendo evasiva nas respostas. Nisso meu marido voltou com carne e peixe para eles almoçarem, e eu fui “baixando a guarda” durante a conversa. Eu só não me confessei naquele dia porque o padre José Augusto ainda não era padre.

No final do dia, havia uma Missa para finalizar aquele dia de evangelização e eu fui à Missa, mas quando estava começando, eu vi na outra porta meu marido chegar bêbado e o padre se levantou e foi abrir a porta. Ele entrou por uma porta e eu saí pela outra, fui embora.

Na semana seguinte vim na quinta-feira de adoração, eu não estava com vontade, mas vim. Eu só me lembro de que chorei muito e consegui me confessar. Depois de contar todos os meus pecados durante a confissão (havia sete anos que eu não participava da Missa e que fazia um monte de bobagens como todo o mundo quando está longe de Deus), o padre olhou para mim com muita firmeza e me perguntou: “Como acabou o seu casamento?” E respondi: “Então, padre, não acabou, nós estamos juntos apesar de todas as dificuldades”. Ele pegou um pedaço de papel sujo e todo amassado (não sei de onde ele o tirou) e me mostrou dizendo: “Tá vendo esse papel? Isso aqui era a sua vida até hoje”, aí o amassou e jogou fora e pegou um outro papel branco e disse: “Tá vendo este aqui? É a sua vida a partir de hoje! Deus te curou, libertou e te perdoou”.

Daquele dia em diante minha vida nunca mais foi a mesma; claro que eu tive muitas dificuldades. Voltei para casa e logo em seguida meu marido começou a trabalhar aqui na Canção Nova, mas continuava bebendo. Eu continuei indo à Missa, e em seguida também comecei a trabalhar aqui como diarista, como voluntária na casa da Luzia [Santiago] e fui ficando e minha vida nunca mais foi a mesma.

Nesse mesmo ano meu marido foi chamado pela Luzia por causa de um incidente com pessoas que trabalhavam com ele e ela os “obrigou” a irem para o AA (Alcoólicos Anônimos) e ali Deus pôde curá-lo. Meu marido há 15 anos não bebe mais e também deixou de fumar através da Canção Nova.

Eu diria que a Canção Nova investiu em mim como pessoa, como ser humano, profissional e tudo que eu tenho de bom foi Deus quem fez por intermédio da Canção Nova. Deus curou meu marido, me restabeleceu, me trouxe para trabalhar aqui e eu sou muito feliz em tudo o que eu faço. E Deus me restabeleceu através das pessoas, pois ela [Canção Nova] também foi trazendo Deus de volta para a minha vida. Se hoje eu estou casada há 29 anos e durante 15 anos meu marido bebeu, eu tive duas coisas importantes: a minha família e Deus que, naquele dia, eu não queria que entrasse na minha casa, mas Ele invadiu a minha casa através do padre José Augusto. Eu devo muito à Canção Nova, por isso, tenho por ela um amor tão grande.

Joana
Colaborada da Fundação João Paulo II