Ricardo Sá

Coração anatômico

Quem ama quer ficar parecido com a pessoa amada! É assim que se expressa Santo Afonso de Ligório, perguntando-nos sobre a qualidade de nosso amor a Jesus Cristo. O santo afirma que, na verdade, queremos em tudo – ou quase em tudo – ficar parecidos com o Mestre. Ser como Ele que caminha sobre as águas, imitá-Lo no exercício de Seus poderes divinos e na força de Suas palavras; ter uma espécie de prestígio, renome, notabilidade ou coisa parecida e, no entanto, absurdamente, tão distantes da personalidade do Filho de Deus. Afonso vocifera que ninguém quer se assemelhar a Jesus Cristo julgado injustamente, esquecido, escarrado, flagelado, crucificado e morto! Diz que desejar, também assim, assemelhar-se a Cristo é a prova de um verdadeiro amor. Lembra-nos inclusive que o Senhor tem um coração aberto para quem deseja ali entrar e fazer morada.

Na medida em que nos tornamos corajosos – a ponto de pedir que tenhamos um coração semelhante ao de Jesus Cristo –, rezando: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao Vosso”, lembremo-nos de que Seu peito está aberto, Seu coração à mostra, coroado de espinhos, sangrando, e que Seu rosto reflete amor e estonteante serenidade, acolhendo a todos. Parece não sentir dores, nem se importar com o que pensam daquilo!

Bem ao contrário, o mundo navega em águas de profundo egoísmo e individualidade! E pior: alguns ditos cristãos criam uma espécie de “cristianismo anatômico-elástico”, adequável à medida de fingimentos e ausência de conversão deles!

Só tem um remédio: É deixar, especialmente pela oração, que o Sagrado Coração de Jesus, aberto de amor por nós, cure-nos do medo que temos de, como seguidores d’Ele, andarmos por aí mostrando o nosso [coração], aberto de amor aos outros!

Ricardo Sá
Comunidade Canção Nova


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