Luzia e Eto

Conversando sobre namoro

Quando a equipe da Revista pediu-me para escrever a matéria deste mês sobre namoro, pensei comigo: é um assunto fácil pela minha experiência passada, mas ao mesmo tempo, não é bem assim. Nos dias atuais tudo é diferente. Mas cheguei a uma conclusão: A essência é a mesma! O que é namoro? É uma relação amorosa recíproca; momento de cortejar; de desejar um ao outro; de interesse mútuo. É o momento da paixão e das ilusões: tudo se volta para o outro.

Meus queridos e queridas filhas, é o lindo tempo de enamorar-se: de estar junto, conhecer um ao outro, os gostos, as preferências, mas ao mesmo tempo de respeitar-se mutuamente. E o mais bonito é que Deus nos deu este tempo de namoro para nos relacionarmos e nos conhecermos, até quando aparecem as dificuldades e as necessidades para um relacionamento sadio: sinceridade, evitar o ciúme, falar o que pensa e sente das atitudes do outro, o que nos agrada e desagrada. Neste tempo de conhecimento se percebemos que isto nos trará prejuízo posterior, precisamos ter a coragem de por fim e terminar com este relacionamento.

Neste tempo, nós vivemos em um período do “parecer”: charme, busca e novas descobertas, mas de tudo isto o importante é a transparência de se dizer ao outro, de ir entrando num diálogo mais profundo, é a transparência do falar e do sentir. Não podemos confundir amizade íntima com amor. Não queira ganhar a pessoa de qualquer jeito. Não se entregue para consegui-la. Tenha coragem de dizer “não” nas horas íntimas do casal, pois isto solidificará o namoro. No mundo de hoje os relacionamentos são mais livres, mas também posso dizer: neste amor volúvel a durabilidade é passageira.

Diz o ditado popular: “a ocasião faz o ladrão”. E eu digo: começa pela oportunidade do lugar, o instinto se torna maior que a vontade, e finalmente dominados pelo desejo chegam à relação sexual, sem terem dimensão das conseqüências. Primeiro, a pressa de fazer de qualquer jeito, pois o instinto ou carência supera o amor e após o gozo vem o medo da gravidez, da doença e da perda. Infelizmente a mentalidade de hoje é oposta aos ensinamentos de Deus. O mundo aderiu ao “amor livre”, quer dizer, sou mais uma na lista do fulano. Não se conta mais a descoberta e o tempo para que o casal atinja o maior prêmio que Deus lhe deu: o ápice do ato sexual. O que vale é fazer de qualquer jeito.

Até as “boas famílias” vão aderindo à mentalidade mundana de só realizarem os casamentos depois que o casal tenha vida em comum por um determinado tempo, para ver se dará certo. O que é bom virou uma banalidade. O namoro é um período de relacionamento maduro, de se ter o gosto e a paciência de conhecer os limites e riquezas de cada um. É aconselhável evitar trazer para um novo namoro o que aconteceu em relacionamentos passados. Não ter receio de mostrar as próprias virtudes, pois ele (ela) deve ser cativado por suas qualidades, e não por seu corpo bonito, sensual.

Ser uma pessoa carinhosa é fundamental no namoro. Diante do esfriamento, não termine logo, não brigue, porque isto gera insegurança e cria feridas imensas, difíceis de serem curadas. Neste tempo é importante não ir fazendo o gosto do namorado e sim conhecê-lo, pois não nos esqueçamos que o maior inimigo de um relacionamento é a traição. Um lindo amor ungido por Deus acaba em tristes desavenças, porque não respeitamos o tempo que Ele nos deu para o conhecimento a dois. Hoje a palavra matrimônio não se traduz mais em virgindade, mas temos que pedir a Deus a sua misericórdia para iniciarmos tudo de novo e confiarmos: “Eis que faço novas todas as coisas”.

Deus abençoe os namorados! Amo vocês.


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