A Rádio Canção Nova recebia muitas cartas endereçadas ao “padre Jonas da Bíblia”. Confundiam o “Abib” com “Bíblia“. Muito, com certeza, pela ligação estreita do monsenhor com a Palavra de Deus. Seu apostolado ajudou em muito a popularização do Livro Sagrado; tirando-o das estantes das salas.
Antes, alguém com Bíblia na mão era logo tido como crente. A Renovação Carismática Católica (RCC) ajudou a mudar essa realidade, trazendo para seus encontros e aos grupos de oração a presença central da Bíblia. A primeira que vi, com zíper, foi com o padre Jonas. Meu pai logo adquiriu uma igual para ele e uma menorzinha para mim (eu tinha só 11 anos na época).
As pregações do Monsenhor Jonas Abib sempre estavam fundamentadas em passagens bíblicas. Era característica dele também a meditação versículo por versículo. Quantos ensinamentos, quantas revelações! Assim, íamos tomando gosto pela leitura [bíblica]. Não se tratava mais de um livro distante, difícil. Mas de textos que falavam diretamente conosco. Era essa, aliás, a principal proposta do livro então lançado pelo fundador da Canção Nova para nos ensinar a lê-la: “A Bíblia foi escrita para você” (atualmente “A Bíblia no meu dia a dia“).
Neste mês de setembro, que é dedicado à Palavra de Deus pela Igreja Católica aqui no Brasil, deveríamos refletir sobre sua presença em nossas vidas, em nossas casas. Será que ela tem sido um mero enfeite, tomando pó nos armários? Ou tem estado presente em sua vida a ponto de fazer parte da sua identidade? Precisamos, mais do que nunca, do padre Jonas da Bíblia, da Maria da Bíblia, do Osvaldo da Bíblia, da Canção Nova da Bíblia: que tragam no sangue, nas veias, a Palavra libertadora de Deus!
Osvaldo Luiz Silva
Jornalista do Sistema CN de Comunicação
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Revista Canção Nova de agosto de 2010
