É tempo de vivermos as obras de misericórdia, é tempo de irmos ao encontro daqueles que necessitam dela
Diácono Nelsinho Corrêa, na manhã desta quinta-feira, dia 9 de junho de 2016, no programa ‘Sorrindo pra Vida’, orientado pela Palavra de Deus, fala sobre irmos ao encontro dos pobres e vivermos, assim, as obras de misericórdia.
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A Palavra meditada está em Eclesiástico 29,10-19:
“Muitos deixam de emprestar, não por maldade, mas porque receiam ser defraudados sem motivo. Apesar de tudo, sê magnânimo com o humilhado e não o faças esperar pela esmola. Por causa do mandamento, acode ao pobre e, por causa da sua indigência, não o deixes ir de mãos vazias. Sacrifica o dinheiro por um irmão e amigo, e não o escondas debaixo de uma pedra para ficar inútil. Emprega o teu tesouro segundo os preceitos do Altíssimo, e isto te aproveitará mais do que o ouro. Encerra a tua esmola no coração do pobre, e ela rogará por ti, para te livrar de todo mal. Mais que um escudo forte e uma pesada lança, a esmola combaterá por ti diante do inimigo. O homem de bem se faz fiador do seu próximo; só o abandona quem tiver perdido a vergonha.”
Foto: Arquivo/cancaonova.com
A Palavra de Deus fala sobre ser magnânimo, o mesmo que ter paciência. Aqui, quando se fala sobre o humilhado, em outras traduções está se referindo ao pobre.
Você fica agoniado quando não tem nada para dar aos pobres? Eu, diácono Nelsinho, amo o frio, mas fico pensando nos pobres que não têm roupa para se agasalhar neste inverno. Quem está passando necessidade está sempre muito perto de nós. Façamos alguma coisa! Não guardemos ou seguremos o “pouquinho” que temos, mas ajudemos aquele que necessita. É tempo de irmos ao encontro dos que necessitam!
De nada adianta ficarmos ajuntando tesouros e bens, e no futuro isso ser causa de briga entre irmãos e irmãs. O homem de bem ajuda sempre seu próximo, Ele faz o bem a todos. Quem abandona o pobre perdeu a vergonha.
Somos chamados a viver as obras de misericórdia: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar abrigo aos peregrinos, assistir aos enfermos, socorrer os prisioneiros e enterrar os mortos.
Madre Tereza de Calcutá, quando ia ao encontro dos pobres, ela e suas irmãs utilizavam sempre cinco palavras: “Tu a mim o fizeste”. E cada vez que pensavam em desistir, uma olhava para a outra e mostrava os cinco dedos das mãos, repetindo: “Tu a mim o fizeste”, recordando que é nos pobres que encontramos o Cristo. Irmã Dulce também, tão perto de nós, quanto fez aos pobres e necessitados!
O Papa nos convida a aprendermos a servir aquele que necessita. Se nós fizermos um pouquinho que seja, essa rede de partilha ajudará tantas pessoas.
A Bíblia chama o pobre de humilhado. Não podemos ter preconceito, mas acolher aquele que precisa de ajuda. Quem já ouviu a bênção de um pobre? Parece até bênção eucarística: “Deus te abençoe! Que não falte em sua mesa!”.
Quer um remédio para depressão? Abra seu guarda-roupa e vá ao encontro dos pobres, converse com eles e você verá como as coisas mudarão.
Não despreze o pobre. A Palavra de Deus para nós hoje é muito concreta: sejamos alegres no servir. A caridade é para ser feita! As obras de misericórdia nos desafiam no dia de hoje.
“Se aprendêssemos a servir, se fôssemos ao encontro dos outros, como mudaríamos o mundo!” (Papa Francisco)
Diácono Nelsinho Corrêa
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Ariele Silva
