Olá, família Canção Nova!
Foi com muita alegria que acolhi o pedido da equipe do Clube da Evangelização para partilhar com você o que é ser mãe. Estou bem no início dessa maravilha bênção que é a maternidade. Eu até poderia recusar esse pedido afirmando que não tenho muito a falar sobre esse assunto, mas a força de Deus foi maior ao dizer ao meu coração: Sônia, testemunhe!
No ano de 2010 vivi uma linda experiência ao descobrir que estava grávida. Eu e meu esposo nos abraçávamos no carro com o resultado do exame em mãos e não tínhamos palavras. Os nossos olhos, cheios de lágrimas, expressavam o que significava para nossas vidas aquele resultado positivo. Descobrimos bem no início que estávamos grávidos e ainda era cedo para ouvir as batidas do coração do bebê. Marcamos a consulta e fomos fazer o pré-natal. Passaram-se alguns dias e voltamos para fazer o ultrassom e, ainda, não dava para ouvi-lo.
A doutora não quis afirmar que aquela gestação não estava progredindo e pediu que voltássemos depois de 15 dias. Rezamos, voltamos e quando fizemos um novo exame ela afirmou, bem profissionalmente, que aquela gravidez não passaria da fase do saco gestacional. Nessa hora, posso humildemente dizer que, como a Virgem Maria, senti uma faca transpassar meu coração. Que dor terrível é a dor da perda! Meus olhos estavam bem vermelhos de tanto chorar. Fomos para casa, rezamos e silenciamos entregando aquele sofrimento a Deus. Estávamos no mês de maio, começando o Congresso Mariano aqui em Cachoeira Paulista (SP). Nossa Senhora do Círio de Nazaré chegava e eu senti que ela veio me consolar e enxugar minhas lágrimas.
Ao mesmo tempo chegavam à minha casa minha mãe, meu pai e familiares, todos vieram apressadamente me ver. Foi um carinho de Deus! Mãe é assim: está sempre presente, principalmente nas horas mais difíceis. (Obrigada, mamãe Lourdes, pelo colo que veio me oferecer. Sua presença fez toda a diferença!)
Fui para as atividades do Congresso Mariano e partilhei o que estava vivendo, chorei e continuei firme em Deus, como aprendi com Nossa Senhora aos pés da cruz, que assistiu a morte de seu Filho. Muitos choraram comigo e não se esqueceram de mim em suas orações.
Em 2011, descobri que estava grávida novamente e fiquei muito feliz, porém, temerosa sem saber se ia dar certo ou não. Silenciosamente, fui louvando e colocando essa gravidez no coração de Deus. A história se repetiu quando fomos fazer o ultrassom, pois mais uma vez não ouvimos o som do coração do bebê. Eu acreditava que dessa vez seria diferente e naquele dia levei um celular emprestado para gravar os batimentos cardíacos. Estava tudo pronto, quando a médica disse que, infelizmente, a gravidez não estava evoluindo.
Desligamos o celular e novamente senti a faca transpassar meu coração, e perguntei a Deus para que estava vivendo tudo aquilo de novo. Existem acontecimentos em nossas vidas que só vamos compreender na eternidade e este, em minha vida, é um deles. Ficamos quietos e, mesmo sofridos, continuamos firmes na caminhada, no trabalho, na faculdade e na missão. Sabíamos que a nossa esperança estava em Deus.
Isso aconteceu no mês de agosto. Passados alguns dias Nossa Senhora veio nos visitar por intermédio de duas irmãs da Comunidade Canção Nova: A Verinha e a Maria Cristina. Elas rezaram por nós e proclamaram a Palavra de Deus, que está no Evangelho de São Lucas: Para Deus nada é impossível. Depois de entregarmos, em lágrimas, nosso sonho a Deus guardamos esta mensagem no coração. Para Deus nada é impossível!
Voltamos ao consultório da obstetra com a notícia da perda e ela nos aconselhou a buscar um tratamento para investigar o que estava acontecendo. Fomos dóceis e começamos a dar os passos buscando um profissional indicado pela médica. Precisávamos fazer vários exames, tanto eu como meu esposo, e começamos pelo ultrassom para ver se estava tudo certo com o útero após o aborto natural. Com o nosso coração em paz, aguardávamos na sala a médica chegar para realizar o exame e saber se estava tudo certo e, para nossa surpresa, antes que ela abrisse a boca, começamos a ouvir as batidinhas de um pequeno coração, que dizia para nós: “Mamãe e papai, eu estou aqui!”
Ficamos pasmos sem entender nada e, na minha ignorância, perguntei o que era aquele barulho. A médica afirmava: Você está grávida e de 8 semanas! Fui tomada de vários sentimentos, parecia que estava sonhando. Olhei para meu esposo e ele estava com cara de alegria e gratidão, deixando-me intrigada com a certeza de que já trazia no coração que eu estava grávida. Os dias foram se passando e hoje com 37 semanas de gestação, vivenciando mais um Congresso Mariano, estou perto de contemplar este pequeno milagre, que se chama Maria Venâncio Crozatto.
Termino este texto com a contribuição da Eliete Todeschini, membro da Comunidade Canção Nova e mãe do Giovanne e da Isabela, que providencialmente veio à minha casa enquanto eu finalizava esse artigo e me disse: “Sônia, a maternidade é uma dádiva porque nos faz semelhantes ao amor de Deus”.
Ajudar um ser pequenino a desenvolver-se e a descobrir-se, tornando-se um adulto digno, é responsabilidade que Deus confere ao coração da mulher que se transforma em mãe. E toda mulher que se permite ser mãe, da sua ou da carne alheia, descobre que este pequeno ser, dependente do seu amor e da segurança transmitida por ela, é o melhor presente que Deus lhe deu.
Maria é, para mim, o modelo perfeito de Mãe, que nos ensina a confiar em Deus. Se confiarmos em Deus não vamos perecer no caminho. E por isso peço a Nossa Senhora que, neste mês de maio, visite o seu coração por meio deste simples testemunho e lhe conceda a graça de olhar para sua vida e proclamar com fé: “Para Deus nada é impossível!”
Parabéns e Feliz Dia das Mães!
Sônia Venâncio
Membro da Comunidade Canção Nova
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