Comer é essencial para todas as espécies, mas somente nós, seres humanos, temos o privilégio de escolher, combinar e transformar os alimentos. É o livre-arbítrio. Entretanto, somente quando ficamos doentes é que recebemos conselhos médicos sobre alimentação, os quais, geralmente, são precedidos de frases como: Não coma isso, evite aquilo, não coma gordura, nada de carne vermelha e assim por diante.
A grande verdade é que a maioria dos médicos não recebe, em sua formação acadêmica, fundamentos científicos sobre nutrição e seu papel na saúde, a qual, hoje, é vista mais em detalhes dentro no nosso genoma (nosso código genético). Isso mesmo! O que você come determina o que seu DNA vai fazer (ou não) com esse nutriente. Comer não é um ato sem consequências.
Hoje, é vasta a literatura científica descrevendo como as substâncias, presentes em estado natural nos alimentos, possuem a capacidade bioquímica de prevenir, combater e inverter os mecanismos que favorecem o desenvolvimento do câncer em nosso organismo.
Para que uma célula possa se desenvolver (boa ou má) ela precisa de nutrientes que chegam até ela por meio dos vasos sanguíneos. Um tumor só consegue crescer se tiver um vaso sanguíneo para levar nutrientes para ele. Se estamos falando de um monte de células novas (com problemas), novos vasos sanguíneos serão construídos para levar nutrientes para elas. Isso se chama, tecnicamente falando, “angiogênese tumoral, e a grande descoberta foi mostrar como esse crescimento pode ser inibido pela alimentação.
Graças a Deus, enquanto empresas de biotecnologia trabalham para criar medicamentos, cada vez mais específicos para cada tipo de câncer (e são tantos!), o que é, de fato, uma bênção, temos cientistas utilizando métodos modernos para estudar, dentro de todo rigor científico, as ligações entre alimentação e “angiogênese”.
Neste breve artigo, não tenho espaço para escrever tudo o que alguns alimentos nos ajudam a prevenir e a combater o câncer. Vou apenas citar os mais importantes e, é claro, vou começar pela couve. Tem uma frase que gosto muito: As células cancerosas detestam couve!. Se você ainda não passou pela minha dinâmica de tomar seu suco de couve todas as manhãs, entre no meu blog e procure por suco de couve.
Lembre-se de que comer couve refogada é válido, mas releia meu texto e verá que me refiro aos nutrientes naturalmente presentes nos alimentos, e isso não significa passá-los pelo calor da frigideira. E a couve faz parte de uma família muito simpática chamada ‘brássica’, cujas primas são o brócolis, a couve-flor, o repolho roxo, o repolho branco e a pequenina, porém, poderosíssima couve-de-bruxelas, pouco utilizada na nossa culinária, mas com o poder de uma bomba atômica (do bem) em nosso corpo.
Claro que não conseguiremos comê-los crus (o repolho tanto branco quanto roxo ainda há essa possibilidade), mas devemos cozinhar no vapor, o mínimo possível, o brócolis e a couve-flor. Ficam uma delícia na forma de salada. Experimente! Suas células vão agradecer.
Nutricionista clínica/escritora
Apresentadora do Programa Mais Saúde – ao vivo – de segunda a sexta-feira, a partir das 12h, na Rádio Canção Nova, e todas as sextas-feiras, às 13h, na TV Canção Nova.
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