Cristo ressuscitou! Hoje, no entanto, somos testemunhas do medo ou da ressurreição?
Padre Adriano Zandoná, na manhã desta quarta-feira, dia 30 de março de 2016, no programa ‘Sorrindo pra Vida’, convida-nos a olharmos para nossa vida e analisarmos qual tipo de testemunha somos: do medo ou da ressurreição.
A Palavra meditada está em São Mateus 28,1-8:
“Depois do sábado, ao raiar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. De repente, houve um grande terremoto: o anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, removeu a pedra e sentou-se nela. Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes, brancas como a neve. Os guardas ficaram com tanto medo do anjo que tremeram e ficaram como mortos. Então o anjo falou às mulheres: ‘Vós não precisais ter medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele estava. Ide depressa contar aos discípulos: ‘Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galiléia. Lá o vereis’. É o que tenho a vos dizer’. E saindo às pressas do túmulo, com sentimentos de temor e de grande alegria, correram para dar a notícia aos discípulos.”
Ninguém ressuscitará se não cultivar um olhar ressuscitado para sua própria história. Compreendamos que o sepulcro está vazio, mas é preciso coragem para remover a pedra.
Quais são as pedras que tem nos impedido de ressuscitar? Aquelas dos afetos e das emoções, das lamúrias e dores? É hora de removermos essa pedra e ressuscitar.
Ele ressuscitou!
Na Ressurreição de Cristo, vemos dois tipos de testemunhas: os guardas e as mulheres. Os guardas se tornaram testemunhas do medo; as mulheres, que saíram para anunciar, testemunhas da ressurreição. O Senhor nos chama a sermos como aquelas mulheres e testemunharmos que Ele ressuscitou.
Testemunhas do medo
Aqueles guardas se tornaram testemunhas do medo, mas quais são essas características?
– Desesperança: Não permitamos que ela adentre nosso coração. A maior característica daquele que testemunha o medo é se fecharem às manifestações e à voz de Deus, resistindo ao Seu amor.
– Falta de confiança: Independente das dificuldades que nos visitam, se confiarmos e nos abandonarmos em Deus, nada nos faltará. Inúmeros são os sepulcros, mas é preciso confiar no Senhor. Para ter fé, temos de conviver mais com as perguntas do que com as respostas.
– Falta de ousadia: Não precisamos sentir, mas sim nos abandonar. Não vacilemos diante dos desafios, mas ousemos na fé. Ousar na fé é dar passos, mesmo sem saber aonde chegaremos, pois a confiança nos leva a ir além.
– Falta de alegria: A alegria não está na vida daqueles que são testemunhas do medo, e não existe autêntico seguimento de Cristo sem ser alegre. O discípulo é alegre e busca a alegria na Ressurreição do Senhor.
– Carência: Como é difícil conviver com pessoas carentes, tão necessitadas de atenção! As carências são vazios que ficaram em nosso coração por não termos recebido o amor de que necessitávamos ao longo do nosso caminho. A carência é uma desnutrição emocional.
Testemunhas da ressurreição
A testemunha da ressurreição traz em si características que anunciam o Ressuscitado.
– Alimentar-se do Cristo Ressuscitado: A carência não prevalece quando estamos juntos do Senhor. Meditemos Sua Palavra, façamos adoração, comunguemos e rezemos. A testemunha da ressurreição louva o Senhor!
– Cultivar a esperança: Quem vive a esperança não se deixa encarcerar por sentimentos que os impedem de sair do sepulcro. O Senhor nos convida a termos um olhar de esperança para as diversas situações que vivemos, seja o matrimônio, o desemprego ou as doenças. Lutemos para enxergar com esperança, porque o Senhor sempre tira algo de bom de tudo o que nos acontece.
– Virar a página e seguir adiante: Deus não escreve uma nova história se não viramos a pagina e O deixarmos escrever o novo. Não nos prendamos em mágoas e picuinhas, mas deixemos o Senhor reescrever nossa história.
– Anunciar a Cristo: A alegria do discípulo nasce da alegria de comunicar a outros que o Senhor ressuscitou.
– Não desistir diante das dificuldades: Só cresceremos como Deus quer quando soubermos crescer contra o vento que vem para nos sacudir e tirar a paz. Tenhamos a coragem de sermos testemunhas da ressurreição e enfrentemos os desafios com leveza.
Qual testemunha nós somos hoje: do medo ou da ressurreição?
Padre Adriano Zandoná
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Ariele Silva