O que fazer quando nossas orações não são atendidas por Deus?
Márcio Mendes, orientado pela passagem de São Mateus, orienta-nos a como direcionarmos nossas orações a Deus quando elas não são atendidas.
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A Palavra meditada está em São Mateus 26,39-41:
“Ele foi um pouco mais adiante, caiu com o rosto por terra e orou: ‘Meu pai, se possível, que este cálice passe de mim. Contudo, não seja feito como eu quero, mas como tu queres’. Quando voltou para junto dos discípulos, encontrou-os dormindo. Disse então a Pedro: ‘Não fostes capazes de ficar vigiando uma só hora comigo? Vigiai e orai, para não cairdes em tentação; pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca’”.
Foto: Arquivo/cancaonova.com
Em nossas orações peçamos sempre a vontade de Deus
Quando Jesus orou a Deus, pediu que, se possível, afastasse d’Ele o cálice, mas que fosse feita a vontade do Pai. Como é difícil suportarmos o silêncio de Deus quando recorremos a Ele em nossas orações!
O sofrimento sempre gera em nós a pergunta “por quê?” ou “por que não?”. Nessas horas, quando tudo parece desmoronar, nosso coração corre o risco de endurecer-se ao querer de Deus. Quantos abandonam a fé ou se rebelam, porque suas orações não foram atendidas pelo Senhor!
A lógica de Deus é diferente da nossa. Quando tudo parecer perdido, não desistamos de lutar e acreditar que o Senhor atende nossas orações e súplicas.
Pode ser que nossas orações não sejam atendidas, porque não sabemos como pedir ou pedimos algo que não nos fará bem. Outras vezes, se nossas orações demoram a ser atendidas, é porque o Senhor reserva para nós um bem maior.
Na angústia, perdemos a força para rezar. Nesse momento, façamos a oração da Paixão de Cristo: “Pai, se possível afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a Sua vontade”. Deus sabe o que é bom para nós e sempre nos dará o melhor.
Não desistamos! O essencial é prosseguir com fé
Na oração de Jesus, não foi a vontade d’Ele que prevaleceu, mas Ele se curvou à vontade do Pai. Em nossa história, algumas vezes, teremos a impressão de que estamos rezando no escuro, e isso exigirá de nós persistência na oração. Unidos a Cristo, vigiemos!
Não desistamos de lutar, não desistamos da vida e das pessoas que amamos. Em comunhão com Cristo, vigiamos e esperamos. Nossa oração ainda não foi atendida? Não desistamos de rezar, mas sejamos persistentes na nossa súplica ao Pai. Esperemos e vigiemos no Espírito Santo.
Deus tem cuidado de nós
O Senhor nos conhece e sabe o que deseja nosso coração. Na hora da dor, a impressão que temos é que tudo escapa de nossas mãos e pensamos em desistir. No mundo sempre haverá perigos e tribulações, porém em Deus conseguiremos vencer.
Em todas as situações que vivemos, o Senhor nos visita. Se a doença chega, não é ela a visita de Deus, mas, pela doença, Ele nos visita e vem com os braços carregados de misericórdia.
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Ariele Silva
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