Valdenira chegou à beira da morte e hoje testemunha milagre de Deus em sua vida
Sempre tive uma vida muito corrida, não ia ao médico, mesmo com dores ia trabalhar. Trabalhei em uma empresa durante vinte e um anos e no dia 30 de agosto de 2014 saí do meu serviço. Em setembro de 2014, já trabalhando em outro local, comecei a sentir uma dor muito forte na minha perna e iniciei a fisioterapia.
Em dezembro, as dores começaram a piorar e no dia 25 de dezembro não consegui levantar da cama de tanta dor. Passei o natal acamada e com muitas dores, que foram aumentando, e no dia 29 de dezembro fizeram minha internação. Tive alta no dia 31 de dezembro, pois por conta das festividades de final de ano não tinham médicos e assim não conseguiram me diagnosticar.
As dores eram intensas. Tomei morfina e remédios fortes, e as dores persistiam. Percebi que minha pele começou a ficar com uma coloração amarela. No dia 05 de janeiro, havia retornado ao trabalho, mas ainda estava com dores, amarela e inchada; sentia um cansaço muito grande. No final do mês de maio, fui trabalhar na parte da manhã, com muito cansaço, e na hora do almoço pedi para minha sobrinha me levar ao hospital.
Chegando ao hospital estava muito cheio e queria voltar, porém minha sobrinha se recusou e me fez esperar para ser consultada. Fiz os exames e foi diagnosticado que estava com o fígado dilacerado. No outro dia, a médica infectologista deu diagnóstico de dengue e fiquei em tratamento, porém depois de quatro dias fui para a UTI e meu quadro clínico foi piorando. Meu organismo não respondia mais aos remédios, as pessoas que me visitavam não me reconheciam.
Um dia, um dos meus filhos foi me visitar e me levaram na cadeira de rodas. Lembro que foi um dia muito difícil, pois não conseguia ficar em pé e os via chorando. A partir daí, começou uma rede de intercessão com meus amigos, familiares, pessoas que não conhecia, vizinhos. Todos começaram a rezar por mim, pela minha vida.
Dias depois, avisaram meu marido que eu seria transferida para um hospital público, pois lá havia um especialista para tratamento do fígado. Ele ficou bastante preocupado e nessa transferência passei muito mal, minha pressão caiu e fui direto para a UTI. No momento de lucidez pedia a Deus uma segunda chance. Fui transferida para o quarto, porém ainda não estava bem. Em uma segunda-feira de manhã, a médica veio me examinar e falou que eu retornaria para a UTI, pois meu fígado já não estava reagindo e precisaria de um transplante urgente.
E a oração seria meu maior sustento. Minha filha assistiu à missa do Clube da Evangelização como de costume e o padre proclamou que uma mulher que precisava de um transplante iria conseguir. Ela tomou posse da graça de Deus para minha vida. Faltando apenas um dia para entrar em coma, estava com 90 quilos, meu organismo já não respondia, nem a mão até a boca conseguia levantar. Os médicos liberaram meu marido e filhos para me verem, pois acreditavam que não passaria daquele dia.
Na madrugada clamei muito ao Senhor. Não conseguia rezar, mas louvava muito a Deus. Às duas horas da manhã, uma enfermeira apareceu e me disse: “Valdenira, saiu um doador e hoje você fará seu transplante”. No dia 10 de junho fiz o transplante e recebi uma segunda chance das mãos do Pai. Saí do hospital no dia 26 de junho e tive uma boa recuperação.
Deixo meu testemunho e agradeço muito a Deus e a Nossa Senhora que nunca me abandonaram.
Valdenira Coelho Brito Faria
Diadema/SP
Adaptação: Ariele Silva