Qual deve ser nossa atitude quando nos deparamos com perdas e sofrimentos?
Márcio Mendes, na manhã desta sexta-feira, dia 11 de novembro de 2016, no programa ‘Sorrindo pra Vida’, convida-nos a olharmos para a história de Davi e, numa nova perspectiva, sabermos lidar com perdas e sofrimentos.
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A Palavra meditada está em I Samuel 30,1-8:
No terceiro dia, Davi e seus homens chegaram a Siceleg. Amalec tinha feito uma incursão no Negueb de Judá e em Siceleg, devastando e incendiando a cidade. Tinham tomado as mulheres e todos os que ali achavam, desde o menor até o maior. Não tinham matado ninguém, mas quando continuaram seu caminho levaram todos consigo. Ao chegar à cidade, Davi e seus homens encontraram a cidade incendiada e suas mulheres e seus filhos e filhas levados cativos. Davi e os que estavam com ele ergueram suas vozes e choraram até lhes faltarem lágrimas. Também as duas mulheres de Davi, Aquinoam de Jezrael e Abigail, mulher de Nabal de Carmel, tinham sido levadas cativas. Davi caiu em profunda amargura. Os seus queriam apedrejá-lo, pois todos estavam amargurados por causa da perda de seus filhos e filhas. Mas Davi reconfortou-se no Senhor, seu Deus, e disse ao sacerdote Abiatar filho de Aquimelec: “Traze-me o efod!” E Abiatar trouxe o efod a Davi. Davi consultou o Senhor: “Devo perseguir esses bandidos? Irei alcançá-los ou não?” Disse-lhe ele: “Persegue- os. Sem dúvida irás alcançá-los e libertarás os cativos”.
Foto: Arquivo/cancaonova.com
A vida é ganhar, mas também é perder. Quem já perdeu algo importante sabe o que é a dor da perda; e não apenas a perda de pessoas, mas também de sonhos.
Imaginemos a dor desses homens quando, ao chegar em casa, encontraram tudo revirado, saqueado, queimado, e ainda haviam levado suas mulheres e filhos. A atitude desses homens foi de levantar suas vozes e chorarem até não ter mais lágrimas.
A atitude de Davi e de seus homens os dividiu. Os outros procuravam culpados para a sua dor. Davi, pelo contrário, caiu em profunda amargura, mas se reconfortou no Senhor. Ele foi buscar suas forças em Deus.
A amargura nos tira as forças, mas independente de qual seja o golpe que levamos da vida, se não buscarmos nosso conforto no Senhor, desabaremos.
A dor nos joga na tristeza e nos enche de amargura, tira de nós o gosto pela vida, desperta em nós um sentimento de autoacusação e, depois, passa pela acusação.
A dor e a perda deixam marcas em nós que reavivam lembranças de nossa infância. Quantos viveram a experiência de serem esquecidos por seus pais, amigos e parentes!
Há mulheres que são dependentes afetivas de seus maridos por medo de serem abandonadas. Muitos maridos são dependentes de suas esposas, porque foram abandonados por suas mães e se apagam a elas com medo de serem abandonados novamente.
Como lidar com o medo da perda e o sofrimento? Há duas formas de enfrentarmos esses problemas: entregarmo-nos nos braços da dor, chorando, procurando a quem acusar e morrermos, ou nos reconfortando no Senhor, consultando e seguindo-O.
Por que nos reconfortarmos em Deus? Em São Mateus 10,29-3, o Senhor nos mostra o grande valor que temos para Ele: “Não se vendem dois pardais por uma moedinha? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais”.
Aprendamos a chorar em Deus, coloquemos o que nos angustia aos pés de Jesus. Por que apresentar tudo diante da Sua presença? Porque Deus se preocupa e se importa conosco. Quando reconhecemos o valor que temos, curamos nosso coração.
O cuidado de nossos amigos não basta para nos curar. Se não contarmos com Deus, viveremos escravos do medo e da dor. Só Ele nos liberta da dor e da perda.
Tenhamos a certeza, em nosso coração, de que temos valor para Deus e Ele nunca nos abandona. Em todos os momentos, Ele cuida de nós!
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Ariele Silva
