De que modo temos enxergado Deus, nossos irmãos e nós mesmos?
Alexandre Oliveira, na manhã desta quarta-feira, 16 de março de 2016, no programa ‘Sorrindo pra Vida’, orientado pelo Evangelho de São João, convida-nos a analisarmos nosso olhar. Como temos enxergado Deus, nossos irmãos e nós mesmos?
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A Palavra meditada está em São João 5,1-15:
Depois disso, houve uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, existe em Jerusalém, perto da Porta das Ovelhas, uma piscina com cinco pórticos, chamada Bezata em hebraico. Muitos doentes, cegos, coxos e paralíticos ficavam ali deitados. Pois de tempos em tempos um anjo descia e movimentava a água da piscina. O primeiro que entrasse na piscina, depois da agitação da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. Encontrava-se ali um homem enfermo havia trinta e oito anos. Jesus o viu ali deitado e, sabendo que estava assim desde muito tempo, perguntou-lhe: “Queres ficar curado?” O enfermo respondeu: “Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina, quando a água se movimenta. Quando estou chegando, outro entra na minha frente”. Jesus lhe disse: “Levanta-te, pega a tua maca e anda”. No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou sua maca e começou a andar. Aquele dia, porém, era um sábado. Por isso, os judeus disseram ao homem que tinha sido curado: “É sábado. Não te é permitido carregar a tua maca”. Ele respondeu: “Aquele que me curou disse: ‘Pega tua maca e anda!’” Então lhe perguntaram: “Quem é que te disse: ‘Pega a tua maca e anda’?” O homem que tinha sido curado não sabia quem era, pois Jesus se afastara da multidão que se tinha ajuntado ali. Mais tarde, Jesus encontrou o homem no templo e lhe disse: “Olha, estás curado. Não peques mais, para que não te aconteça coisa pior”. O homem saiu e contou aos judeus que tinha sido Jesus quem o havia curado.
A Palavra de Deus nos leva a pensarmos em três perspectivas: Como temos enxergado o outro, Deus e nós mesmos. O Senhor vem ao nosso encontro revestido de misericórdia.
Como tenho enxergado meus irmãos?
Aquele paralítico recebe a visita de Jesus. Porém, quando o Senhor o questiona “queres ficar curado?”, aquele homem começa a atribuir às pessoas sua enfermidade, queixando-se de não ter ninguém que o ajudasse. Quantas vezes nos comportamos como esse homem, quando a presença ou ausência do outro se torna para nós um problema! Enxergar o outro como um obstáculo nos impede de caminhar.
Ninguém consegue ser feliz sozinho, por isso Deus, rico em misericórdia, ensina-nos a enxergar o outro como um sustento e não obstáculo. Peçamos ao Espírito Santo que nos dê a graça de convivermos com nossos irmãos, experimentarmos a amizade verdadeira. Como é bom termos alguém para nos aconselhar e instruir! Acreditemos nas pessoas.
Como tenho me enxergado?
Peçamos ao Senhor que cure nosso olhar, para que contemplemos aquilo que somos. Pela força do Espírito Santo, somos capazes de levantar, pegar nossa maca e andar. Quando presos em nossa pequenez, julgamos a obra de Deus de maneira errada. Olhemos para nós e tomemos posse de que somos queridos e eleitos pelo Senhor, e Ele não nos criou de maneira errada, não nos criou para o fracasso. Levantemos de toda prostração! Pecamos sim, mas somos amados por Deus; e neste amor somos capazes de prosseguir.
Como tenho enxergado o Senhor?
Inicialmente, quem era Jesus para aquele enfermo? Aquele que o curou. E para nós, como temos tratado o Senhor em nossa vida? Ele quer ser bem mais do que Aquele que nos cura e liberta, Jesus quer ser nosso amigo. Na Quaresma, somos convidados a buscar uma intimidade maior com o Senhor.
Aquele homem reencontrou-se novamente com o Senhor e, naquele encontro, pela simples presença de Cristo, O reconheceu como o Salvador. Precisamos sair da multidão e buscar a intimidade com Jesus. O Senhor quer um encontro pessoal conosco e nos exorta a viver uma vida de santidade. Ele quer transformar nosso coração de tal maneira, que por meio deste encontro, no silêncio da oração, descobriremos quem é Jesus. Neste encontro com o Senhor, somos chamados a ser testemunhas da misericórdia.
Alexandre Oliveira
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Ariele Silva