Santo do mês - Santo Homembom

Santo do mês - Santo Homembom

A 13 de novembro de 1197, Homembom Tucenghi, comerciante de tecidos de Cremona, Itália, concluía sua existência terrena, enquanto participava, como costumava fazer todos os dias, da Santa Missa na igreja de sua paróquia. Partiu assim, em paz, em silêncio, em oração rumo à glória dos Céus.

Pouco mais de um ano depois, a 12 de janeiro de 1199, o Papa Inocêncio III inscrevia-o no álbum dos Santos. Santo Homembom é, talvez, o único exemplo da história de um leigo casado, não pertencente à nobreza ou famílias reais, que chegou à santidade reconhecida oficialmente pela Igreja, tendo passado toda sua vida em atividades comerciais.

Na bula de canonização, Inocêncio III descreve o novo Santo como “homem bom de nome e de fato”, “homem de paz e pacificador”, “assíduo nas contínuas orações”, “Pai dos pobres”. Era honesto, humilde e amigo de todos. Além das suas atividades comerciais, Santo Homembom sabia reservar tempo para visitar doentes e também Jesus Sacramentado na igreja.

Com o mesmo fervor que participava diariamente da Eucaristia e se dedicava à oração, Homembom protegia a integridade da fé católica diante das falsas doutrinas. A espiritualidade, a sua sintonia com Deus, transparece no seu trabalho de compra e venda de tecidos. Mesmo quando o dinheiro e o mercado tendem a ser o centro da vida civil, Homembom conjuga justiça e caridade e faz da esmola o sinal de partilha, o testemunho da bondade e da generosidade.

O Concílio Vaticano II sublinhou que a santidade é um elemento constitutivo de cada batizado, quando afirma que “todos os fiéis, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade”. Santo Homembom será sempre o fiel leigo que, como tal, ganhou para si o dom da santidade.

Por ocasião da celebração dos 800 anos de sua canonização, em 1999, João Paulo II, ressaltou que “embora tão distante no tempo, Homembom parece-nos, de fato, um Santo para a Igreja e para a sociedade do nosso tempo. Não só porque a santidade é uma só, mas devido às características da vida e das obras com que este fiel leigo viveu a perfeição evangélica”.