Eu estou admirado com a Canção Nova, tenho visitado vários países, conhecido muitas emissoras, tenho visto que a televisão tem sido mal utilizada, pois ela tem sido uma das maiores fontes da Síndrome do Pensamento Acelerado, onde há excesso de estímulo, mas sem qualidade. Quando olho para o Padre Jonas e para outros que dão sua vida, sua inteligência, suas emoções, para estimular as pessoas a amar a vida como um espetáculo único, estimular as pessoas a ver que são seres humanos, independente do status social, estimulem as pessoas a serem solidárias, fico feliz e percebo que é uma atitude nobilíssima e profundamente saudável.
Eu só tenho que parabenizar vocês e a todos aqueles milhares de pessoas que contribuem financeiramente para manter este sistema de comunicação que não usa a informação para corromper a ética, vocês partem do humanismo, estão seguindo o mestre dos mestres: Jesus. E ele era um comunicador tão intrigante que sem o recurso audiovisual, sem o megafone, conseguiu que milhares de pessoas esquecessem o instinto da fome e o seguissem para obter sabedoria.
Will Durham disse que a Inglaterra demorou 800 anos da sua fundação para ter seu Shakespeare, a França demorou da sua fundação até os seus 800 para ter o seu Montaigne. Will Durham é americano e disse: não tivemos tempo para produzir grandes pensadores, tivemos que lavrar a terra, explorar nossas minas, desenvolver nossas minas.
Agora vamos comparar com Jesus Cristo. Will Durham quis dizer que a necessidade de sobrevivência é mais importância que a necessidade de alimento quando há carência de alimento, pois o Homo Bios prevalece sobre o Homo Sapiens, o instinto prevalece sobre o pensar. Jesus Cristo, naquela época, há 2000 anos viveu com pessoas que não estavam preocupadas em pensar, mas em conseguir alimento já que estavam debaixo do jugo do Império Romano.
E, Jesus rompeu esse paradigma, pois o que Ele falava era tão brilhante que mesmo as pessoas que estavam em risco de morte, esqueciam seus instintos, abriam o leque da inteligência e se tornavam uma platéia extremamente afoita por ouvir aquele comunicador, aquela pessoa que trazia esperança, que estimulava o ser humano a ver que a vida não é apenas uma gota na perspectiva do tempo, que a eternidade é uma das maiores dádivas que Deus produziu para o homem e que Ele Deus queria que esse homem que vive todos os dias chorando pelos fracassos, pelos temores, se convencesse que ele existe para ser feliz, que ele existe para transformar o seu deserto num oásis.
Eu sinto que vocês, da Canção Nova, com bastante humildade e simplicidade estão seguindo as pegadas do Jesus comunicador, do Mestre dos Mestres da Comunicação, para levarem as pessoas a se interiorizarem, a refletir também, sobre si mesmos e encontrar respeito pela vida e ao mesmo tempo respeito pela existência. Vocês estão de parabéns!
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