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Nossas famílias estão se perdendo por falta de perdão

Mensagem do padre Fabricio no programa “Sorrindo pra Vida” da TV Canção Nova, nesta quinta-feira, dia 13 de agosto.

Eu quero convidar você para abrir a Palavra de Deus em:
Eclesiástico 28,1-9.

Padre Fabrício L. de Andrade
Foto: Robson Siqueira

Existem muitas famílias nas quais falta “fermento”. E a Palavra de Deus quer chegar à sua casa como fermento. A nossa família cresce e sobrevive – não quando os desentendimentos deixam de existir – mas quando aprendemos a perdoar, ultrapassando as dificuldades. Família perfeita não é aquela como a das novelas, que não briga e que mostra a cara de feliz; mas nos bastidores…

.: Ouça a mensagem

Coloque essa substância [fermento] na massa e esta vai crescer; e o fermento de hoje é esta ordem: “Perdoa ao teu próximo o mal que te fez, e teus pecados serão perdoados quando o pedires” (Eclesiástico 28,2). O próprio Jesus nos ensinou a rezar pedindo que as nossas faltas lá no futuro sejam perdoadas, assim como hoje nós perdoamos quem tem nos ofendido.

Quantas famílias estão envenenadas por falta de perdão! Quantos filhos que, indo para o mundo, achando que este era todo deles, abandonaram pai e mãe e o “bolo foi murchando”, e bolo murcho é feio; da mesma forma, “família murcha” é feia e não dá para engolir.

Ninguém ganha uma medalha ou destaque porque perdoou; quando conseguimos essa graça [de conceder perdão] fazemos a escolha de ir, pouco a pouco, “fermentando”. E as nossas famílias estão se perdendo por falta de perdão. Muitas vezes, nós não temos a coragem de dizer: “Desculpe-me, me perdoe! Eu errei!”. Isso não é fácil, mas é preciso fazê-lo; como é bonito um pai pedir perdão ao filho, e fazer isso não quer dizer que ele seja mole, mas o [filho] está ensinando, mostrando-lhe que queria acertar, mas errou. Nessa atitude o genitor conquista o filho como um amigo; da mesma forma, este não vai ter medo de mostrar ao pai e à mãe que ele também errou.

Então, ao agir assim, construímos uma casa “fermentada” pelo amor, uma casa que não busca uma perfeição não existente, pois família perfeita, sem desentendimentos, não existe! Ninguém ensinou para nossos pais como ser pai e como ser mãe, não existe livro que ensine isso; eles vão lutando para descobri-lo, porque com cada filho é diferente.

Nós vamos aprendendo a ser família e no final da história nós somos felizes, mas porque aprendemos a perdoar, não porque não houve ressentimento. Não tem nada melhor do que, depois de ter cometido um erro, você se sentar junto com os seus familiares e amigos e dizer: “Eu exagerei mesmo. Por favor, me desculpa!”

E a cura que pode acontecer hoje – por meio desta Palavra – é real, porque tivemos a coragem de pedir desculpas a quem magoamos. É graça de Deus? Sim, é graça que não é negada a ninguém. Mas o perdão é uma decisão, não um sentimento.

Padre Fabrício L. de Andrade
Comunidade Canção Nova

Transcrição e adaptação Célia Grego

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