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A Palavra meditada hoje está em Levítico 19,17-18:
“Não guardes no coração ódio contra teu irmão. Repreende teu próximo para não te tornares culpado de pecado por causa dele. Não procures vingança nem guardes rancor aos teus compatriotas. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor”.
Para alcançar a santidade é preciso apartar nosso coração do ódio e do rancor, porque somos sagrados. Ao entulharmos o nosso interior com o que não presta adoecemos espiritualmente. A Palavra de Deus nos fala, nesta manhã, que a purificação da nossa vida está ligada à cura do nosso coração. “Sanear” é manter puro, limpo. A oração de cura e libertação não é uma fórmula mágica ou algo momentâneo, mas é um processo que se dá ao longo de nossa vida.
A oração nos aproxima de Deus. Nosso coração precisa desejar uma vida de santidade. A cura e a libertação se fazem plenas em nossa vida quando compreendemos que precisamos ser santos. A primeira coisa que fazemos, antes de receber alguém em nossa casa, é organizar tudo para recebê-lo. O mesmo devemos fazer em nosso coração para receber Jesus. Deus habita o nosso coração, por isso não o transformemos em um depósito de lixo. O ódio não sai por conta própria do nosso coração.
A indiferença e a frieza são destrutivas. A frieza com que tratamos as pessoas tira a graça de nós e se torna uma forma de desamor. Da mesma forma, os desejos de vingança, os sentimentos de ódio e rancor transformam nosso coração num coração de pedra, endurecido para amar. Isso nos adoece e nos mantém constantemente irritados, aborrecidos e entristecidos.
E quando o coração está endurecido, achamos justificativas para a aspereza com que tratamos as pessoas. Filhos que justificam os maus-tratos com os pais, porque acreditam que foram maltratados a vida toda e se acham no direto de “retribuir” este tratamento. Mulheres que tratam com indiferença seus maridos e acreditam estar com a razão por não terem recebido atenção. E todos sempre com a justificativa “eu tenho a razão para fazer isso”. No entanto, a falta do perdão apenas endurece o nosso coração.
A Palavra de Deus não justifica esse tipo de atitude; ela nos incentiva a viver o perdão e cura o nosso coração. O ódio é como um tumor que nos consome por dentro e apodrece a nossa alma. Carregar o rancor em nosso coração faz com que esse sentimento seja alimentado dentro de nós. Desse modo acreditamos que somos esse ser sem coração, sem alegria de viver.
Não permita que o ódio roube seus sonhos e projetos. O demônio deposita em nosso coração o desamor para nos adoecer. Todos nós encontraremos motivos para odiar as pessoas se quisermos os arrumar. Peçamos a Jesus que desfaça essa rede que nos pegou, pelos pensamentos e pelo coração, e nos prendeu no ódio.
Quando não reconhecemos nossas fraquezas e limitações, damos meios para que o pecado seja cristalizado em nós. Se a raiz do nosso coração está afundada no ódio nossos pensamentos e atitudes vão refletir esse sentimento. Planejamos vingança contra as pessoas, desejamos o mal delas e isso faz com nosso coração seja envenenado e destruído dia após dia.
Reze nesta manhã: “Pela força do Sangue de Jesus, eu me liberto de todo o sentimento de ódio que está alojado em meu coração”. Deus quer nos curar, mas precisamos nos desvencilhar das cadeias do pecado. Coloquemo-nos diante da cruz de Cristo e deixemos que este Sangue nos lave e nos purifique por completo.
Somos sagrados porque somos de Deus. Somos pertença do Pai, por essa razão a purificação do nosso coração deve se dar em obediência ao pedido do Senhor: “Sede santos”. Se não colocarmos os “lixos” de nosso interior para fora e nos permitirmos ser curados por Deus Pai, manteremos a infelicidade em nosso coração. Com razão ou sem para termos raiva, se queremos tirar esses sentimentos negativos de nosso interior, precisamos amar e perdoar ao nosso próximo.
Que esta Palavra seja fonte de libertação para nós e nos liberte de todo o disfarce do mal em nós. Que o Senhor nos purifique de todo o ódio e retire de nós o coração de pedra para que sejamos capazes de amar.
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Ariele Silva
