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A Palavra meditada, hoje, está em São Tiago 4,1-4:
“De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, precisamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais, fomentais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão por que não possuís está em que não pedis. Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois o que pedis, só quereis esbanjá-lo nos vossos prazeres. Adúlteros, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que pretende ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus.”
A guerra é a luta de uma nação contra outra. Ao ligarmos a TV, vemos em todos os noticiários as guerras espalhadas pelo mundo, sejam elas por armas, petróleo ou por inveja. Perde-se o senso de humanidade nas guerras, porque as metas criadas desumanizam as pessoas.
Vivemos também outros tipos de guerra: entre familiares, entre pais e filhos, casais ou irmãos. Quantas guerras são travadas dentro de nossas casas, onde as armas são as palavras que destroem e apontam os erros! Brigas que se iniciaram por inveja, ciúmes, intrigas etc.
Dentro de muitas casas, há pais que não conversam mais com seus filhos. Por causa de discussões passadas, colocaram uma grande barreira nesse relacionamento. Guerras dentro do ambiente de trabalho, quando um quer ser melhor que o outro, pessoas que não têm escrúpulos e puxam o tapete do outro. O pecado nos cega, faz com que o inimigo entre em nossos pensamentos e transforme o erro em algo do cotidiano.
Existe também um outro tipo de guerra, aquela que acontece dentro de nós: nossos sentimentos e pensamentos. Quantas vezes nos martirizamos e chegamos em nossa casa destruídos, porque atacamos a nós mesmos? É o homem velho gritando dentro de nós, insistindo em nos dominar.
Para vencer um inimigo, precisamos saber com quem estamos lutando. Para vencer as guerras interiores, precisamos de autoconhecimento. Depois de nos conhecermos interiormente, é necessário criarmos escudos de defesa, porque o inimigo de Deus conhece nossos pontos fracos.
Como nos defender das guerras? A partir do momento que nos conhecemos, sabemos quais são nossos pontos fracos, onde grita mais forte nosso temperamento; então, pela ação do Espírito Santo, conseguimos o equilíbrio interior.
É preciso cuidado com as nossas palavras, a fim de que elas não sejam uma metralhadora, que atinja quem está ao nosso redor e lhes cause feridas.
Temos medo de voltar na nossa história, temos medo de sofrer. As dores do passado nos paralisam e nos impedem de caminhar. É preciso mexer no passado para que sejamos libertos e possamos vencer todas nossas guerras.
Damos muitas desculpas para as nossas ações: Sou grosso, porque minha mãe foi grossa comigo. Não é por que não tivemos amor que precisamos ser pessoas ríspidas.
As únicas armas que devemos usar são as que Deus nos dá. Baixemos a guarda e permitamos que Ele entre em nosso coração e faça uma transformação em nós. O Senhor só entrará em nosso coração se Lhe dermos liberdade.
Com Deus somos mais que vencedores. Só venceremos se nos aliarmos a Jesus Cristo. Não há vitória longe dEle. Voltemos à nossa história e deixemos que Ele nos cure. Abramo-nos à ação do Espírito Santo para que, sobre a Sua luz, possa ser iluminada a nossa vida, e que Ele nos dê o equilíbrio de que precisamos.
Padre Arlon Cristian
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
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Transcrição e adaptação: Ariele Silva
